quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A história do lápis

               


A história do lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?
E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo. 

"Primeira qualidade:
Você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus,
e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade". 

"Segunda qualidade:
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo,
e usar o apontador.
Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final,
ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor." 

"Terceira qualidade:
O lápis sempre permite que usemos uma borracha
para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos
não é necessariamente algo mau, mas algo importante
para nos manter no caminho da justiça". 

"Quarta qualidade:
O que realmente importa no lápis não é a madeira
ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você." 

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
Ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, 

irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".           

                                                      Paulo Coelho

Os Três Obreiros

                                                                             




                                                                         Os Três Obreiros


        Três operários preparavam pedras para a construção de um grande templo de oração, onde seria o local de encontro de muitas pessoas que buscam a palavra de Deus.
         Aproximei-me do primeiro obreiro e perguntei-lhe com toda simpatia:
         - O que está fazendo, meu amigo?
         -  Preparo pedras !...– respondeu-me secamente.
         Caminhei  mais um pouco e cheguei até o segundo obreiro e interroguei-o do mesmo modo:
         - O que está fazendo, meu amigo?
         - Trabalho pelo meu salário – foi a resposta.
         Dirigi-me então ao terceiro obreiro e fiz a mesma pergunta com que tinha interpelado os outros dois.
         _ O que está fazendo , meu amigo?
         O operário fitou-me cheio de alegria e respondeu-me com entusiasmo:
         _ Pois não vê? Estou construindo uma igreja! Faço com todo carinho, porque sei que esta obra será importante para muitas pessoas. – respondeu muito entusiasmado.
         Repare meus amigos no modo tão diverso com que cada operário cumpriu seu dever. O primeiro obrigava-se a uma tarefa grosseira. O segundo não visava senão o dinheiro. O terceiro contemplava um ideal com amor.
         Seremos escravos se tivermos a semelhança do primeiro operário, pois  limitaremos a nossa vida à luta diária.
         Entre os ambiciosos ficaremos se contemplarmos somente o lucro imediato de nossos esforços, como o segundo obreiro.
         Felizes seremos,  porém, se pensarmos como o terceiro obreiro, se vivermos  e lutarmos por um ideal para todos.
                                   
                                                 Autor desconhecido

A Floresta em Chamas



                                                                  
       A Floresta em Chamas


    Existia uma floresta linda e bem verdinha, lá moravam vários animais que dependiam das árvores e dos rios para se alimentarem, para construir suas casas, enfim para dar vida a todos eles.
    Os animais viviam alegres, soltos pela floresta, brincando e se espreguiçando de lá pra cá e de cá pra lá. Lá moravam a Dona Onça,  o Senhor Passarinho, o Galo Pintado, a Ovelha Bela, o Elefante Machão, o Porco Espinho e tantos outros.
    Certo dia apareceu pelas bandas de lá, um homem, que cansado de tanto caminhar, resolveu descansar debaixo da macieira.
    Enquanto ele descansava, vejam só quem lá apareceu ?! Dona Cobra Cobreira, maldosa e odiada por todos, que como num encanto acordou o homem e pôs a seduzi-lo com suas maldades. Soprava ao ouvido do homem que aquelas árvores estavam atrapalhando os seus planos. Que se ele botasse fogo nelas, sobraria um belo pasto para que ele pudesse criar seu gado e assim ficar rico, rico, muito rico. 
    Vocês sabem muito bem que quando fala de dinheiro com o homem, ele fica cego e louco. 
    Foi nesse meio tempo que o homem então decidiu: vou botar fogo na floresta e assim a tomarei para mim, e a usarei para ficar rico,  muito rico.
    E assim ele fez, pegou logo um fósforo e se deixando levar pela tentação do mal, colocou fogo na floresta e rapidamente o fogo se alastrou.
    Meus Deus!...Foi um Deus nos acuda!... Era bicho correndo para todo lado, era fogo alastrando por todo canto. A coisa não ficou boa lá na floresta não. A única que ria da desgraça dos outros era a D. Cobra Cobreira, porque sentiu que o homem havia se deixado contaminar pelo mal .
    Enquanto todos corriam apavorados, fugindo do fogo , somente o Senhor Passarinho gritava e voava desesperado  para que apagassem o fogo em vez de fugirem .
     O urso, com cara de medo, olhou para a floresta e quis ajudar, mas, logo a Cobra Cobreira colocou sua língua venenosa pra fora e disse ao urso que se ele ajudasse o fogo apagar, poderia perder sua vida , era melhor fugir para outro lugar , afinal ele era grande e corria muito , poderia se salvar .
    O urso se deixou cair na tentação da Cobra Cobreira , e com a tentação da covardia, abandonou os amigos e fugiu para bem longe .
    O Senhor Passarinho continuava a pedir ajuda para o fogo apagar, que buscassem água para a floresta salvar. Logo, o Senhor Galo quis ajudar, mas a Cobra maldosa, disse ao galo que suas penas poderiam se queimar e assim seria seu fim. Ele vaidoso com sempre, não quis ajudar e saiu numa correria de não mais parar .
    Ainda não satisfeita, Dona Cobra Cobreira , a todos quis influenciar e ouvindo a maldosa , todos se deixaram enganar .
    Uns tinham a tentação da preguiça, outros a tentação do não tô nem ai, outros egoísmo e assim por diante. Até o Senhor Passarinho a maldosa da Cobra Cobreira  quis seduzir dizendo a ele pra não ajudar, afinal ninguém se importava e porque ele estaria arriscando sua vida para outras salvar? De que vale isso?!
    Mas, o Senhor Passarinho então decidiu , mesmo não sendo grande e podendo usar apenas de seu biquinho e de suas asinhas , se colocou em ação , ia até o rio, enchia seu biquinho de água e jogava toda água que ele conseguia carregar no fogo da floresta , ia ao rio e voltava , ia ao rio e voltava . Enquanto os bichos corriam ,iam percebendo a ação do Senhor Passarinho, foi quando Dona Onça virou -se para o passarinho e disse :

_ Que isso ,compadre?! Você pretende apagar todo o fogo da floresta com esse seu minúsculo biquinho?

Ele, então, cansado, voando  de lá pra cá se virou e disse:

    _ Sei que ele é pequeno e pode até não apagar o fogo da floresta , mas eu estou fazendo a minha parte .
    Foi nesse instante, crianças , que Dona Onça abriu seus olhos e chamou a todos para que juntos pudessem salvar a floresta , os rios e a vida deles próprios . Pediu que cada um fizesse a sua parte e que o fogo da floresta apagasse. Dona Cobra Cobreira ficou louca de raiva e vendo que o bem estava por perto, fugiu brava para o meio do mato quente...
    Todos os bichos então, armados de  baldinhos, unidos sobre o comando do Rei Leão, conseguiram o fogo da mata apagar, livraram a natureza da destruição e agora estão replantado tudo que se queimou, ajudando a natureza a se recuperar do grande estrago causado pela tentação do mal. A floresta está se recuperando aos poucos, mas o bonito foi que eles, agora, estão mais preparados para não se deixarem cair na tentação do mal e na busca da paz conseguirão vencer o mal .
    E nós,crianças, também temos feito à nossa parte contribuindo para que nenhuma tentação interfira na nossa paz ? Cuidando bem do nosso coração, ou estamos deixando que o mal nos seduza para que tudo seja destruído? Como temos cuidado de tudo que nos cerca , principalmente da natureza ?
Autor desconhecido 


Texto enviado por Marta França para Professores Solidários.

A Descoberta de Uma Criança

                       



                   A Descoberta de Uma Criança  
Era     vez um menininho bastante pequeno, que contrastava com a escola bastante grande.
Uma manhã, a professora disse: Hoje nós iremos fazer um desenho. "Que bom!"- pensou o menininho. Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos.
Pegou a sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
A professora então disse: Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores.
Com seus lápis rosa, laranja e azul. A professora disse: Esperem! Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com caule verde. Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora E depois olhou para sua flor.
Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso.
Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre,
A professora disse:
Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro. "Que bom"!!!, pensou o menininho.
Ele gostava de trabalhar com barro.
Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões.
Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.
Então, a professora disse:
Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
Agora, disse ela, nós iremos fazer um prato.
Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
A professora disse: - Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar.
E o prato era um prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora e depois par a seu próprio prato. Gostou mais do seu, mas não poderia dizer isso.
Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e fazer as coisas exatamente como a professora.
E muito cedo ele não fazia coisas por si próprio.
Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.
Era uma escola ainda maior que a primeira.
Um dia a professora disse: Hoje vamos fazer um desenho.
"Que bom!"- pensou o menininho, Esperando que a professora dissesse o que fazer.
Ela não disse, apenas andava pela sala. Então veio até o menininho e disse: Você não quer desenhar? Sim, e o que nós vamos fazer? Eu não sei até que você o faça. Como eu posso fazê-lo? Da maneira que você gostar! E de que cor?
Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar?
Eu não sei...
Então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde...
Helen Buckley

Tradução do texto: Regina Gregório

A Cerca

                     


                            A CERCA
O menino Alexandre era muito bravo e mal-humorado, gritava com os outros, xingava e falava mal das pessoas. Seu pai deu-lhe então uma bolsa de pregos e disse que cada vez que gritasse com alguém, xingasse uma pessoa ou falasse mal de alguém, que martelasse um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. No segundo, 30 e assim por diante, diminuindo o número a cada dia. Ele descobriu que era mais sensato controlar o seu temperamento explosivo do que ir até o fundo do quintal para martelar a cerca. Até que um dia ele não perdeu a razão nenhuma vez. Não maltratou, não brigou, não xingou, não falou mal de alguém. Enfim, foi um bom menino.
Quando disse que havia mudado de comportamento, seu pai então  disse a ele que a cada dia que pensasse em perder o controle, mas conseguisse segurar o controle e não fazer nada de errado, que ele fosse até a cerca e tirasse um dos pregos cravados na cerca. Até o dia em que ele não perdeu a razão nenhuma vez.
Os dias passaram e o Alexandre disse finalmente a seu pai que não havia mais pregos na cerca. Seu pai levou-o até lá e disse:
- “Muito bem, mas veja esses furinhos todos que ficaram aqui. A cerca nunca mais será a mesma. Quando magoamos uma pessoa, dizemos palavras que deixam cicatrizes. Por mais desculpas que peçamos, a cicatriz continuará lá. Não ofenda as pessoas, pois isto poderá deixar marcas para sempre...”


                                                                          Autor Desconhecido.
Postado por Prof.ª Helena