segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

GAIOLAS E ASAS



                                                          GAIOLAS E ASAS

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo “atacados” porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.
Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha com os tigres.
Nos tempos de minha infância, eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando… O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca e pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vãos. Na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado… Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.
Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão me falar sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos, tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?
O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.
Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é “dígrafo”? E os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”? Qual a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professoras, também engaioladas… São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: “Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira”.
O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta” e “brinquedo” do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas”, aprender “brinquedos”.
“Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.
Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.
Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer… Assim todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar: “Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?” Se não for, é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos. Há esperança…
Rubem Alves

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O que as Escolas NÃO ensinam!




















O que as escolas NÃO ensinam!
Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates
 recentemente ditou em uma conferencia numa 
escola secundária sobre 11 coisas que estudantes 
não aprenderiam na escola. Ele fala sobre como 
a “política educacional de vida fácil para as crianças” 
têm criado uma geração sem conceito da realidade, 
e como esta política têm levado as pessoas a
 falharem em suas vidas posteriores à escola. Muito
 conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um 
discurso de uma hora ou mais…
Bill Gates falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido

 por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu 
e foi embora em seu helicóptero a jato…
Regra 1: A vida não é fácil: – acostume-se com isso.
Regra 2: O mundo não está preocupado com a 
sua auto-estima. O mundo espera que você faça
 alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se
 bem com você mesmo.
Regra 3: Você não ganhará R$20.000,00 por mês
 assim que sair da escola. Você não será 
vice-presidente de uma empresa com carro 
e telefone à disposição antes que você tenha 
conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere
 até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante
 as férias não está abaixo da sua posição social. Seus 
avós têm uma palavra diferente para isso: eles
 chamam oportunidade.
Regra 6: Se você fracassar não é culpa de
 seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda 
com eles.
Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não 
eram tão críticos como agora. Eles só ficaram 
assim por pagar as suas contas, lavar suas 
roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então
 antes de salvar o planeta para a próxima geração 
querendo consertar os erros da geração dos
 seus pais, tente limpar o seu próprio quarto.
Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção
 entre vencedores e perdedores, mas a vida 
não é assim. Em algumas escolas você não 
repete mais de ano e tem quantas chances 
precisar até aceitar. Isto não se parece absolutamente 
NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido…,
 RUA!!!!! Faça certo da próxima vez!
Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você
 não terá sempre verões livres e é pouco provável 
que outros empregados o ajudem a cumprir suas
 tarefas no fim de cada período.
Regra 10: Televisão NÂO é vida real. Na vida real, as
 pessoas têm que deixar o Barzinho ou a boate e ir trabalhar.
Regra 11: Seja Legal com os CDFs (aqueles
 estudantes que os demais julgam
 que são uns babacas). Existe uma grande 
probabilidade de você vir trabalhar PARA um deles.
Texto por: Professor Francisco Manoel















Vida de Gata
Tem dias que a gente acorda amarga...
Sente vontade de não fazer nada!
Qualquer coisinha é motivo para briga...
A gente se assusta com tudo...
Dá vontade de chorar a toa...
Parece que todos estão contra nós!

Nada nos satisfaz...
Nenhum lugar é bom para se estar...
Tudo toma grandes proporções...
E qualquer coisinha é motivo de escândalo...
Dá vontade de se esconder...
Sumir de vez!

Nessas horas que a gente fica confusa...
Melhor a fazer é tirar um bom cochilo...
Se olhar no espelho e acreditar...
Que somos fortes!
Basta querermos!

E se prestássemos um pouquinho de atenção...
Veríamos que as coisas mais simples da 

vida são intensamente
ricas quando sabemos que

 existem amigos como você!

Que nos faz sentir importantes...
E nos faz surpresas deliciosas!
Nos conforta quando precisamos...

E que está sempre ao nosso lado!
Mesmo que seja num abraço até

 sabendo que tudo podia
se resolver só com aquele cochilo!




Este Ano.....










Este ano será um sucesso se...
houver um sorriso de otimismo,
um sonho de beleza em seu coração e
poesia nas pequenas coisas: na 

simplicidade da flor,
na inocência das crianças, no silêncio 

interior,
na amizade, no momento presente,
na oportunidade de ser bom, ser 

amigo e compreensivo;
sensível ao sofrimento alheio,
grato ao passado que lhe proporcionou

 experiências para o futuro.
Este ano será um sucesso se...
você for franco sem ferir,
tiver fé em si, no próximo e em Deus e,
acima de tudo, expressar o que pensa do outro
com uma palavra de carinho, de apoio,
de reconhecimento, de bondade e encorajamento.

Este ano será um sucesso se...
você souber vencer a preguiça, o orgulho,
a indiferença ao sofredor, a tentação da

 riqueza, da intriga e da inveja,
da intolerância ao ignorante, ao que

 tem ideias diferentes das suas,
ao menos inteligente, ao egoísta, ao mesquinho.

Este ano será um sucesso se...
você socorrer a quem precisa, aconselhando-o,
estendendo-lhe a mão, dando-lhe ajuda

 no momento certo,
economizando bens materiais,
esbanjando amor e solidariedade,
entendendo a criança e o idoso,
o adulto que não teve infância e aquele

 que não sabe amar.
Este ano será um sucesso se...
você der um “bom dia” de coração e
enfrentar com esportividade as

 desventuras, semear a paz e o amor,
vibrar com a felicidade alheia, com a

 beleza do sol acordando o dia,
com a gota de orvalho na flor.

Este ano será um sucesso se...
você valorizar cada vitória e o mundo

 de oportunidades
que se abrirem diante de você e,
começar cada dia com Deus!

Se você for sensível a tudo isso,
então este ano será um sucesso para você e
para os que viverem ao seu redor!

(autor desconhecido)