quinta-feira, 27 de março de 2014

Estranhos Vizinhos

                                     
                       



  Estranhos Vizinhos
Esta história que vou contar aconteceu ao lado da minha casa por volta de seis anos atrás, uma família aparentemente normal mudou-se para a casa do lado direito da minha, o pai era um homem alto, bem magro e com aparência de cansado, mas uma pessoa muito boa, porem, trabalhava muito por isso quase nunca o víamos. A mãe era uma mulher baixa, magra e com cara de quem estava constantemente sofrendo uma terrível dor, mas era muito educada e sempre cumprimentava todos os vizinhos. O estranho da família era o filho deles, um menino bonito, forte de cabelos ondulados loiros, lindos olhos azuis destoavam completamente da aparência dos pais, arrogante nunca cumprimentava os vizinhos e não tinha amigos no colégio, sempre calado quase nunca o vimos do lado de fora da casa.
Na primeira semana que se mudaram já aconteceram coisas estranhas, porem, nós pensávamos que era apenas coisa de menino mimado, ouvíamos berros do garoto dizendo: - MÃE TRAZ LOGO A NOSSA COMIDA! – ESTAMOS COM FOME! - VEM JUNTAR NOSSOS BRINQUEDOS! Este foi o que mais nos intrigava, o menino usava o nós como se ele não fosse à única criança naquela casa, será que eles estavam recebendo parentes? Será que ele estava com amigos? Eu tentava espiar da janela do meu quarto, mas as janelas daquela casa nunca se abriam, só conseguia ver a luz de onde seria o quarto do menino piscar intensamente, fiquei curioso, mas como já era tarde acabei pegando no sono e fiquei sem saber o que estava acontecendo.
Eles tinham um cachorro que parecia ser muito feroz, mas era o único com quem víamos o garoto brincar, ele jogava os brinquedos e o cachorro os abocanhava e sacudia até destroçá-los, e o garoto se divertia com isso, o cachorro dele vivia de olho em meu gato que passeava sempre pela rua. Certo dia estava anoitecendo e eu fui procurar Ralf meu gatinho, para colocá-lo para dentro de casa e dar-lhe de comer, procurei pelo quintal, pela calçada e pela rua, dei a volta no quarteirão e não o encontrei, voltei para casa e ele ainda não estava, mamãe disse para que eu me acalmasse pois ele sempre voltava para casa para jantar e dormir, mas eu fiquei de olho na janela, aquele menino estranho depois de algum tempo apareceu, seguido pelo cachorro e com um saco na mão, ele sorria e parecia muito feliz, foi até a calçada abriu a lata de lixo e depositou o saco. Fiquei muito curioso para saber o que era aquilo, planejei mais tarde ir “curiar” o lixo deles, quando todos em casa já estavam deitados e na casa do vizinho tudo estava apagado sai cuidadosamente e fui até a lixeira deles, eu destampei e peguei o saco, o cheiro forte parecia de algo podre mas, não podia ser pego ali, o que eu iria dizer, levei o saco para a garagem de casa e o abri – HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!! – não consegui segurar o grito, foi um susto, meu gatinho estava lá, morto, mas não estava inteiro, estava todo machucado e faltava a cabeça, em instantes meu pai apareceu correndo na garagem, me viu no chão sujo de sangue, veio rápido em minha direção e eu apontei para o saco. Mais tarde, de madrugada e mais calmo, expliquei o que vi e como peguei o saco, meu pai ouviu atentamente e resolveu que ao amanhecer iria falar com o pai do vizinho.
Da janela de casa eu observava meu pai indo em direção a casa do vizinho, chamou-o e começou a falar, não dava pra ouvir, mas parecia serio, pois o pai do vizinho parecia assustado, recuou e logo entrou, meu pai voltou para casa intrigado relatou que mal contou sobre o gato o vizinho já se tremeu de medo, colocou a culpa no cachorro pediu perdão e entrou. Ao regressar para casa meu pai contou sobre a conversa, fiquei muito curioso e desconfiado de que havia algo errado naquela casa, não queria acreditar que o cachorro fez aquilo com meu gato, passei os dias à espreita, mas a casa parecia vazia, passou-se a terça-feira, a quarta, a quinta, e a sexta e finalmente chegou o sábado. Pela manha observei a chegada de um menino, aparentava ter por volta de uns 12 anos, mas era bem mirado para a idade, trazia consigo um lindo gato preto, estranhei ele chegar com um gato na casa onde o cachorro já havia matado o meu, mas não fiquei olhando, percebi que durante o dia eles saiam e voltavam com algumas coisas, fui ficando mais curioso conforme passava as horas e ao cair da tarde não aguentei, olhei no quintal e ninguém estava lá e nem sinal do cachorro, pulei a cerca e circulei a casa, nos fundos havia um pequeno cômodo com uma janela muito suja, era a única parte da casa que havia luz acessa, fui a te a janela para espiar, meu susto foi enorme era um quarto iluminado por velas e estava forrado por objetos de magia negra, havia ossos humanos em um canto, um espelho circular no outro, um tapete vermelho no centro e sobre ele uma mesa com varias coisas, agora sabia o que os garotos passaram o dia trazendo, vários corpos de animais estavam pendurados sangrando em taças, e o gato estava amarrado há um canto, os pais do garoto estavam agachados no canto e para meu espanto os garotos começaram a jogar o sangue das taças sobre os pais e cantar uma musica com palavras que eu nunca havia escutado antes, o gato começou a gritar e tentar escapar das amarras, mas era em vão, o garoto mais novo cortou-se com uma faca e deixou o sangue cair em uma taça vazia entoando um canto diferente em palavras muito estranha, um outro idioma que eu não imaginava qual era, quando para meu espanto meu vizinho degolou o gato preto com uma machadinha e derramou seu sangue na taça do sangue do outro garoto. Aquilo me deixou em choque, mas algo pior estava por vir, o garoto estranho começou a cortar o gato com os mesmos corte que o meu morreu, deram seu sangue para os pais do meu vizinho beber e passavam os pedaços do gato neles, para minha surpresa cada vez que os meninos faziam isso, os pais do meu vizinho pareciam mais fortes e mais novos, que ritual macabro, era um ritual satânico para rejuvenescer, quantos anos será que eles tinham, e aqueles garotos? Nunca irei descobrir depois do que vi corri para casa e procurei ficar o mais longe possível daquela gente e ao terminar aquele ano eles se mudaram para outro lugar.


                              

A CARONA

A Carona

Esta história que vou contar aconteceu com dois amigos meus, Carlos cobrador de ônibus e Ronaldo Motorista, ambos trabalhavam na época na linha 17 que faz o percurso do terminal Tude Bastos até o bairro de Samambaia, eles faziam o percurso das 17h e 30min até a 1h e 30min da madrugada. Ronaldo o motorista é o brincalhão, para ele tudo é motivo de piada, muito querido por todos na empresa é um sádico e incrédulo, leva tudo pro lado da piada e do sarro, pai de quatro filhos, esta na empresa há quase 30 anos, perto de se aposentar foi um dos poucos a aceitar este horário, por outro lado, seu cobrador Carlos é um homem muito serio e muito religioso, respeita a todos os colegas, mas é muito calado, jovem e criado desde pequeno frequentando a igreja aceitou trabalhar com Ronaldo por acreditar que poderia trazer para a vida do motorista um pouco mais de fé.
Na rotina deles, Ronaldo chegava mais cedo ao trabalho para vistoriar de perto o ônibus que iria trabalhar, verificava cada detalhe, a limpeza, o motor e o que ele sempre disse ser o mais importante os freios e depois ficava atazanando seus amigos. Carlos chegava sempre com meia hora de antecedência, cumprimentava os colegas e dirigia-se ao seu posto para abrir o serviço diário, antes de sair lembrava Ronaldo de assinar o ponto, pois mesmo tendo chegado duas horas antes ainda não o tinha feito, e depois ficava dentro do ônibus que trabalharia lendo a bíblia e pedindo proteção, o que Ronaldo sempre dizia ser a melhor coisa de trabalhar com Carlos, ele tinha fé pelos dois.




Em um dia de julho de 1995 eles seguiram suas rotinas de trabalho normalmente, e saíram no horário para fazer seus percursos diários da linha, neste dia Carlos estava falando com Ronaldo de um jornal antigo de mais ou menos dois anos antes que ele havia encontrado, mas o motorista não gostava de ouvir historias de jornal, ele lia todos os dias o atual, por que se interessaria por um antigo, mas era a história que havia interessado a Carlos. Chegaram pontualmente ao terminal Tude Bastos às 1h e 30min, Ronaldo desceu e foi ao banheiro, Carlos logo posicionou o letreiro na palavra GARAGEM, pois sua jornada de trabalho havia terminado, rapidamente contou o dinheiro  e o guardou no cofre do ônibus, anotou e fechou a folha de serviço e sentou-se no primeiro banco do ônibus, Ronaldo se despediu de todos do terminal, do segurança ao faxineiro e subindo ao ônibus sorriu para Carlos e disse: - Pronto pra ir pra Casa companheiro?
- Sempre estou pronto companheiro. – respondeu Carlos.
Dando a partida no ônibus Ronaldo Rumou a garagem onde o deixaria, pegaria seu carro e daria carona a Carlos que morava no caminho de sua casa. Apesar de Carlos não ser muito brincalhão era um bom rapaz e Ronaldo gostava muito dele, o velocímetro do ônibus já marcava 50 km/h antes de pegarem a rodovia rumo a garagem, o cobrador se sentia tranqüilo, pois sabia que seu companheiro era um exímio motorista, logo que pegou a rodovia o velocímetro chegou a 100km/h, Ronaldo as vezes olhava para Carlos pois já havia notado que em certo ponto do caminho independente da velocidade seu companheiro orava mais fervorosamente em certo ponto do caminho. Estranhamente este era o ponto mais escuro do caminho e Ronaldo pensou que o companheiro tinha medo de escuro, ele acendeu o farol alto e de longe visualizou uma mulher, uma senhora de aproximadamente sessenta anos dar sinal no meio da estrada, com as luzes internas do ônibus apagadas e a 100 km/h Ronaldo apenas apontou para o letreiro escrito garagem, havia pensado em parar, mas ali era um ponto que não existia acostamento e seria muito perigoso, ficou chateado por deixar a senhora naquele lugar sem ajudá-la, mas seguiu seu caminho. Ronaldo nunca soube precisar o tempo que levou para os próximos acontecimentos, foi muito rápido, Carlos começou a berrar: - HAAAAAAAAA, HAAAAAAAAAAAA, HAAAAAAAAAAAAAA – eram berros de pavor, completo pânico, sem saber o que estava acontecendo Ronaldo reduziu a velocidade até parar o ônibus para ajudar seu companheiro, ele estaria tendo um mal subido? Pensou, mas não, parou o ônibus e foi até Carlos que só berrava e berrava, mas ele não conseguia falar até que apontou para dois bancos para traz deles, Ronaldo deu um sobressalto, perdeu a fala, empalideceu-se, o que era aquilo? Como poderia? Não, não poderia ser verdade. Sentada a dois bancos para traz estava àquela senhora a quem ele acabava de deixar para traz, em uma velocidade de 100 km/h, incrédulo no que via tomou coragem e disse: - Senhora nós estamos indo para a garagem, não podemos levar à senhora, foi ao painel do ônibus e abriu a porta, sem falar nada a mulher desceu, fez um gesto de agradecimento com a cabeça e desapareceu perante as vistas dos dois homens.
Ronaldo sentou-se atrás do volante e pela primeira vez orou, após alguns minutos deu a partida no ônibus e rumou para a garagem, chegou estacionou o ônibus para lavar e foi se trocar, Carlos apavorado levou o dinheiro e o relatório do dia para a administração, ninguém percebeu seu estado atômico, pois ele sempre fora muito calado, porem, todos estranharam a ver Ronaldo descer do ônibus ir até a pia dos mecânicos para lavar seu rosto e ir para seu carro, logo Carlos foi se juntar a ele para irem para casa. Carlos levava consigo uma pagina de jornal velho que carregava o dia inteiro, ao entrar no carro estendeu o jornal para Ronaldo sem dizer nada, ele o pegou, abriu e leu a manchete: IDOSA É ASSASSINADA POR BANDIDOS EM RODOVIA, seguido pelo artigo: Idosa é encontrada morta em rodovia, algumas pessoas afirmam que ela voltava a pé pela estrada, pois no horário não havia mais ônibus circulando.
- Era isso que eu queria te mostrar Ronaldo – disse Carlos apontando para a foto no jornal – é a mesma mulher que sempre vemos na estrada e que hoje, hoje... aconteceu aquilo.
Os companheiros nunca mais pegaram aquele caminho para retornar para a garagem depois de um cansativo dia de trabalho, até hoje alguns motoristas ainda afirmam ver uma senhora pedindo carona de madrugada nas estradas do litoral paulista, e você dará uma carona?

Escrito por Adriano Dymattos



domingo, 9 de março de 2014

A ROUPA FAZ A DIFERENÇA?


A ROUPA FAZ A DIFERENÇA?Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta: - Vocês sabem onde está o médico do hospital? Com tranquilidade o médico respondeu: - Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil? Ríspida, retorquiu: - Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico? Mantendo-se calmo, contestou: - Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?!?! - Como?!?! O senhor?!?! Com essa roupa?!?!... - Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta... - Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico... - Veja bem as coisas como são... - disse o médico - ...as vestes parecem não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpatiquíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...Moral da História: UM DOS MAIS BELOS TRAJES DA ALMA É A EDUCAÇÃO. Sabemos que a roupa faz a diferença, mas o que não podemos negar é que Falta de Educação, Arrogância, Falta de Humildade, Pessoas que se julgam donas do mundo e da verdade, Grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer vestimenta. BASTAM ÀS VEZES APENAS 5 MINUTOS DE CONVERSA PARA QUE O OURO DA VESTIMENTA SE TRANSFORME EM BARRO.

"O Poder da Mente"



"O Poder da Mente"
Um cientista queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas consequências. Conseguiu um em uma penitenciária. Era um condenado à morte que seria executado na cadeira elétrica.
Propôs a ele o seguinte: Ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a última gota. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor.
O condenado aceitou, pois isso era preferível a morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de sobreviver.
O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospitais e amarraram o seu corpo para que não se movesse. Fizeram um pequeno corte em seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocada uma pequena vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia, mas foi o suficiente para ele sentir que seu pulso fora cortado. Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que estava caindo na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava. De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía.
O condenado acreditava que era seu sangue que estava diminuindo. Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o cientista fechou por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue. O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé-da-letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que sua ação envolve todo o organismo, quer seja na parte orgânica ou psíquica. Essa história é um pouco triste, mas é um alerta para filtrarmos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado, simplesmente grava e cumpre o que lhe é enviado.

"Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar".

Memórias de um Rei


Memórias de um Rei
Eis que ainda lembro-me de teus verdes campos onde o vento mais parecia escovar tua relva; teu crepúsculo era ainda mais lindo que uma gravura divina e teu amanhecer, como o próprio paraíso.
Ainda lembro-me de teus vales e córregos e o florescer de tuas primaveras; teus rios eram a essência de teus cidadãos e tuas matas, o saciar de nossa fome.
Lembro-me de ventos, chuvas e estrelas que tantas vezes foram os berços que acalentaram minhas noites; tuas águas, tuas montanhas, tua vida.
Minha querida Camelot!
Os medos que existiam em mim eram desfeitos quando em ti pensava; minhas glórias e meus feitos tinham a ti como objetivo.
Jamais duvidei de ti e todas as honras vos eram dedicadas; meu paraíso e meus tesouros  certamente encontram-se em teus domínios.
Pode haver mais beleza e magia em algum outro lugar?
Não meu doce Avalon!
Vós que me enfeitiçais com encantos de ternura e compaixão e que em beijos, saciaram minha sede; vós que espalhaste amor por todo meu reino e que com sabedoria deixou em mim a marca de vosso ser sabeis: nunca haverá em meu coração outra senão vós. Jamais tornarei a amar alguém com tanta intensidade e minha alma estará eternamente selada a vossa.
Mesmo que as nuvens caiam e que se torne negro o sol, o meu amor não diminuirá minha amada Morgana.
Porém sei também odiar e que os céus me ouçam! Vós que manchastes de negro meu reino e de minhas terras afastastes a paz, rezai.
De trevas e perversão tingistes meu povo e de calúnias e em godos construístes um império. Não terás de mim nenhuma compaixão nem piedade.
Pode haver escuridão e névoa em vosso redor, mas ainda assim vos digo: temei vilão, pois minha ira só será aplacada após vossa destruição.
Esperai por mim odioso Modred!
Amigos são como o vento que não sabemos de onde vem ou para onde vão. Por toda a minha vida esperei por um irmão e eis que, diante de mim, como uma lambare  da flamejante tu apareceste. Nenhum ser, mortal ou divindade teve por mim maior afeto.
Vossa espada e vosso escudo defenderam meu reino como a águia defende seu ninho; vosso cajado se ergueu para proteger camelot e, por isso meu irmão, eu o saúdo.
Agora que o ar se esvai de meu peito e minha alma se afasta de meu corpo, posso apenas me despedir de ti:
Adeus meu amigo! Adeus Lancelot!

FIM