A Carona
Esta história que vou contar aconteceu com dois amigos meus,
Carlos cobrador de ônibus e Ronaldo Motorista, ambos trabalhavam na época na
linha 17 que faz o percurso do terminal Tude Bastos até o bairro de Samambaia,
eles faziam o percurso das 17h e 30min até a 1h e 30min da madrugada. Ronaldo o
motorista é o brincalhão, para ele tudo é motivo de piada, muito querido por
todos na empresa é um sádico e incrédulo, leva tudo pro lado da piada e do
sarro, pai de quatro filhos, esta na empresa há quase 30 anos, perto de se
aposentar foi um dos poucos a aceitar este horário, por outro lado, seu
cobrador Carlos é um homem muito serio e muito religioso, respeita a todos os
colegas, mas é muito calado, jovem e criado desde pequeno frequentando a igreja
aceitou trabalhar com Ronaldo por acreditar que poderia trazer para a vida do
motorista um pouco mais de fé.
Na rotina deles, Ronaldo chegava mais cedo ao trabalho para
vistoriar de perto o ônibus que iria trabalhar, verificava cada detalhe, a
limpeza, o motor e o que ele sempre disse ser o mais importante os freios e
depois ficava atazanando seus amigos. Carlos chegava sempre com meia hora de
antecedência, cumprimentava os colegas e dirigia-se ao seu posto para abrir o
serviço diário, antes de sair lembrava Ronaldo de assinar o ponto, pois mesmo
tendo chegado duas horas antes ainda não o tinha feito, e depois ficava dentro
do ônibus que trabalharia lendo a bíblia e pedindo proteção, o que Ronaldo
sempre dizia ser a melhor coisa de trabalhar com Carlos, ele tinha fé pelos
dois.
Em um dia de julho de 1995 eles seguiram suas rotinas de
trabalho normalmente, e saíram no horário para fazer seus percursos diários da
linha, neste dia Carlos estava falando com Ronaldo de um jornal antigo de mais
ou menos dois anos antes que ele havia encontrado, mas o motorista não gostava
de ouvir historias de jornal, ele lia todos os dias o atual, por que se
interessaria por um antigo, mas era a história que havia interessado a Carlos.
Chegaram pontualmente ao terminal Tude Bastos às 1h e 30min, Ronaldo desceu e
foi ao banheiro, Carlos logo posicionou o letreiro na palavra GARAGEM, pois sua
jornada de trabalho havia terminado, rapidamente contou o dinheiro e o guardou no cofre do ônibus, anotou e
fechou a folha de serviço e sentou-se no primeiro banco do ônibus, Ronaldo se
despediu de todos do terminal, do segurança ao faxineiro e subindo ao ônibus
sorriu para Carlos e disse: - Pronto pra ir pra Casa companheiro?
- Sempre estou pronto companheiro. – respondeu Carlos.
Dando a partida no ônibus Ronaldo Rumou a garagem onde o
deixaria, pegaria seu carro e daria carona a Carlos que morava no caminho de
sua casa. Apesar de Carlos não ser muito brincalhão era um bom rapaz e Ronaldo
gostava muito dele, o velocímetro do ônibus já marcava 50 km/h antes de pegarem
a rodovia rumo a garagem, o cobrador se sentia tranqüilo, pois sabia que seu
companheiro era um exímio motorista, logo que pegou a rodovia o velocímetro
chegou a 100km/h, Ronaldo as vezes olhava para Carlos pois já havia notado que
em certo ponto do caminho independente da velocidade seu companheiro orava mais
fervorosamente em certo ponto do caminho. Estranhamente este era o ponto mais
escuro do caminho e Ronaldo pensou que o companheiro tinha medo de escuro, ele
acendeu o farol alto e de longe visualizou uma mulher, uma senhora de
aproximadamente sessenta anos dar sinal no meio da estrada, com as luzes
internas do ônibus apagadas e a 100 km/h Ronaldo apenas apontou para o letreiro
escrito garagem, havia pensado em parar, mas ali era um ponto que não existia
acostamento e seria muito perigoso, ficou chateado por deixar a senhora naquele
lugar sem ajudá-la, mas seguiu seu caminho. Ronaldo nunca soube precisar o
tempo que levou para os próximos acontecimentos, foi muito rápido, Carlos
começou a berrar: - HAAAAAAAAA, HAAAAAAAAAAAA, HAAAAAAAAAAAAAA – eram berros de
pavor, completo pânico, sem saber o que estava acontecendo Ronaldo reduziu a
velocidade até parar o ônibus para ajudar seu companheiro, ele estaria tendo um
mal subido? Pensou, mas não, parou o ônibus e foi até Carlos que só berrava e
berrava, mas ele não conseguia falar até que apontou para dois bancos para traz
deles, Ronaldo deu um sobressalto, perdeu a fala, empalideceu-se, o que era
aquilo? Como poderia? Não, não poderia ser verdade. Sentada a dois bancos para
traz estava àquela senhora a quem ele acabava de deixar para traz, em uma
velocidade de 100 km/h, incrédulo no que via tomou coragem e disse: - Senhora
nós estamos indo para a garagem, não podemos levar à senhora, foi ao painel do
ônibus e abriu a porta, sem falar nada a mulher desceu, fez um gesto de
agradecimento com a cabeça e desapareceu perante as vistas dos dois homens.
Ronaldo sentou-se atrás do volante e pela primeira vez orou,
após alguns minutos deu a partida no ônibus e rumou para a garagem, chegou
estacionou o ônibus para lavar e foi se trocar, Carlos apavorado levou o
dinheiro e o relatório do dia para a administração, ninguém percebeu seu estado
atômico, pois ele sempre fora muito calado, porem, todos estranharam a ver Ronaldo
descer do ônibus ir até a pia dos mecânicos para lavar seu rosto e ir para seu
carro, logo Carlos foi se juntar a ele para irem para casa. Carlos levava
consigo uma pagina de jornal velho que carregava o dia inteiro, ao entrar no
carro estendeu o jornal para Ronaldo sem dizer nada, ele o pegou, abriu e leu a
manchete: IDOSA É ASSASSINADA POR BANDIDOS EM RODOVIA, seguido pelo artigo:
Idosa é encontrada morta em rodovia, algumas pessoas afirmam que ela voltava a
pé pela estrada, pois no horário não havia mais ônibus circulando.
- Era isso que eu queria te mostrar Ronaldo – disse Carlos
apontando para a foto no jornal – é a mesma mulher que sempre vemos na estrada
e que hoje, hoje... aconteceu aquilo.
Os companheiros nunca mais pegaram aquele caminho para retornar
para a garagem depois de um cansativo dia de trabalho, até hoje alguns
motoristas ainda afirmam ver uma senhora pedindo carona de madrugada nas
estradas do litoral paulista, e você dará uma carona?
Escrito por Adriano Dymattos
E u entedi que ronaldo que senpre lia jornau ele senpre contava as noticia a carlos e o motorista nao gostava que falasse auto nome vanessa silvestre 6 ano a
ResponderExcluirO que eu pude enteder dese texto é que os companheiros nunca mais pegaram aquele caminho pois ele tian medo da veia que morreu até hoje alguns motoristas ainda afirmam ver uma senhora pedindo carona eu Deus milivra desa velha
ResponderExcluirAline Silvana 8°Ano B
Bom! Olha a ortografia!
ExcluirEu entendi que o amo acaba numa por ese neste domingo de lua nova depois de teatro e silencio o amor acaba em café engordurados diferentes dos onde comessou pusar derepente do meio do cigarro que ele ativa de raíva. Eu entendi que o amor é como uma rosa cada pétula que ca e como o amor quando chega na ultima petula assim que o amor acaba .Caroline da Silva 6`B
ResponderExcluirBom! Olha a ortografia!
ExcluirEu achei interessante o texto e porque conta a historia de dois homens que eram amigos e que encontraram uma idosa fantasma que diz a lenda que ela passava por ali quando dois homens a mataram e que agora ela fica perambulando por ai assustando os outros.
ResponderExcluirAinda bem que eu não moro por essas bandas!!!!
Cleilson José Costa Almeida 8° ano B.
eu entendi que a carona sempre é bem vinda ; as vezes não é bom.tem que tomar cuidado para não ser roubado por ladrões que são muitos perigoso.
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