Leia o texto e faça sua comparação.
O VILARES
Havia, no colégio, três companheiros desagradáveis. Um
deles era o Vilares. Menino forte, cara bexigosa, com um modo especial de
carregar e de franzir as sobrancelhas autoritariamente.
Parecia ter nascido para senhor do mundo.
No recreio queria dirigir as brincadeiras e mandar em
todos nós. Se a sua vontade não predominava, acabava brigando e desmanchava o
brinquedo.
Simplesmente insuportável. Ninguém, a não ser ele, sabia
nada; sem ele talvez não existisse o mundo.
Vivia censurando os companheiros, metendo-se onde não era
chamado, implicando com um e com outro, mandando sempre. (…)
Não tinha um amigo. A meninada do curso primário
movia-lhe a guerra surda. E, um dia, os mais taludos se revoltaram e deram-lhe
uma sova.
Foi um escândalo no colégio. O vigilante levou-os ao
gabinete do diretor. O velho Lobato repreendeu-os fortemente. Mais tarde,
porém, chamou o Vilares e o repreendeu também.
Eu estava no gabinete e ouvi tudo.
- É necessário mudar esse feitio, menino. Você, entre os
seus colegas, é uma espécie de galo de terreiro. Quer sempre impor a sua
vontade, quer mandar em toda a gente. Isso é antipático. Isso é feio. Isso é
mau. Caminha-se mais facilmente numa estrada lisa do que numa estrada cheia de
pedras e buracos. Você, com essa maneira autoritária, está cavando buracos e
amontoando pedras na estrada de sua vida.
E, continuando:
- Você gosta de mandar. Mas
é preciso lembrar-se de que ninguém gosta de ser mandado. Desde que o mundo é
mundo, a humanidade luta para ser livre. O sentimento de liberdade nasce com o
homem e do homem não sai nunca. É um sentimento tão natural, que os próprios
irracionais o possuem. E louco será, meu filho, quem tiver a pretensão de
modificar sentimentos dessa ordem. Ou você muda de feitio, ou você muito terá
que sofrer na vida. (VIRIATO CORREA.)
Após a leitura do texto responda às questões:
1. Assinale a alternativa que combina com o texto.
a. ( ) O texto é sério, porque relata um
acontecimento desagradável.
b. ( ) É formativo porque, através do diretor
do colégio, mostra como se deve corrigir um comportamento reprovável. c. ( ) É um texto cômico,
engraçado.
2. Quais são as personagens do texto?_______________________________________
__________________________________________________________________________
3. Assinale a alternativa correta:
a. ( ) O narrador não é personagem do texto.
b. ( ) O narrador é personagem do texto,
porque ele se inclui entre as pessoas que participam da história. c. ( ) Não existe narrador
nesta história.
4. Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal
da história?____________________
____________________________________________________________________________
5. O autor descreve o Vilares informando algumas
características dele. Transcreva a parte do texto em que o narrador descreve os
aspectos físicos do Vilares._______________________.
___________________________________________________________________________
6.Circule, de acordo com o texto, entre as
características psicológicas dadas abaixo, as que se encaixam no personagem
Vilares.
Humilde – briguento – metido – tolerante – sabichão –
insuportável – cordial – bondoso – autoritário – implicante – simpático –
antipático – desagradável – egoísta – quieto
|
7. No texto, o diretor usou três frases para caracterizar
o autoritarismo do Vilares. Assinale-as:
a. ( ) “… é uma espécie de galo de terreiro.”
b. ( ) “Caminha-se mais facilmente numa
estrada lisa”.
c. ( ) “Quer sempre impor a sua vontade.”
d. ( ) “… quer mandar em toda a gente.”
e. ( ) “… ninguém gosta de ser mandado.
”
8. Que outro título você daria ao texto?________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Assinale as alternativas que resumem as mensagens do
texto:
a. ( ) A convivência com uma pessoa
autoritária é desagradável.
b. ( ) A meninada da escola costuma mover
guerra surda.
c. ( ) Os diretores são autoritários em suas
repreensões.
d. ( ) As pessoas têm um forte sentimento de
liberdade e geralmente não aceitam as imposições das pessoas autoritárias e
mandonas.
10. Faça uma pequena redação que tenha o mesmo
assunto do texto que você acabou de ler.
GABARITO
Questão
1. Alternativa b
Questã0
2. Um menino de nome Vilares e dois companheiros seus; o velho Lobato, que era
o diretor da escola; o vigilante; os alunos do curso primário; o narrador
da história.
Questão
3. Alternativa b.
Questão
4. O menino Vilares.
Questão
5. “Menino forte, cara bexigosa, com um modo especial de carregar e de franzir
as sobrancelhas autoritariamente.”
Questão
6. Briguento, metido, sabichão, insuportável, autoritário, implicante,
antipático, desagradável, egoísta.
Questão
7. Alternativas a, c, d
Questão
8. Resposta individual, porém deverá ter conexão com o assunto do texto.
Questão
9. Alternativas a, d.
Questão
10. O tema da história em questão é autoritarismo. A redação deve explorar esse
assunto que pode ser feita através de um relato vivido ou conhecido pelo aluno,
ou ainda expressar a sua opinião a respeito. O aluno deverá mostrar sua redação
para alguém que possa ajudá-lo a melhorar suas ideias e corrigir erros
gramaticais cometidos.
A CAUSA DA CHUVA
(MILLOR FERNANDES, Fábulas Fabulosas)
1. Não chovia há
muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que
ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma
conclusão.
2. – Chove só
quando a água cai do teto do meu galinheiro, esclareceu a galinha.
3. – Ora, que
bobagem! disse o sapo de dentro da lagoa. Chove quando a água da lagoa começa
a borbulhar suas gotinhas.
4. – Como assim?
disse a lebre. Está visto que chove quando as folhas das árvores começam a
deixar cair as gotas d’água que tem dentro.
5. Nesse momento
começou a chover.
6. - Viram? gritou
a galinha. O teto do meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
7. – Ora, não vê que a chuva é
a água da lagoa borbulhando? disse o sapo.
8. – Mas, como assim? tornava
a lebre. Parecem cegos? Não vêem que a água cai das folhas das árvores?
1. Percebe-se claramente que a causa principal da inquietação dos animais era:
a.( ) a chuva que caía b.( ) a falta de chuva c.( ) as discussões sobre animais
d.( ) a conclusão a que chegaram
2. A resposta à questão 1 é evidenciada pela seguinte frase do texto:
a.( ) “Uns diziam que ia chover…” (parágrafo 1)
b.( ) “… outros diziam que ainda ia demorar.” (parágrafo 1)
c.( ) “Mas não chegavam a uma conclusão.” (parágrafo 1)
d.( ) “Não chovia há muitos e muitos meses.” (parágrafo 1)
3. O sapo achou que o esclarecimento feito pela galinha era:
a.( ) correto b.( ) aceitável c.( ) absurdo d.( ) científico
4. A expressão do texto que justifica a resposta da questão 3 é:
a.( ) “Como assim?” (par. 4) b.( ) “Viram?” (par. 6) c.( ) “Ora, que bobagem!” (par. 3)
d.( ) “Parecem cegos?”
5. A atitude da lebre diante das explicações dadas pelos outros animais foi de:
a.( ) dúvida interrogativa b.( ) aceitação resignada c.( ) conformismo exagerado
d.( ) negação peremptória
6. A expressão do texto que confirma a resposta à questão 5 é:
a.( ) “Como assim?” (par. 4) b.( ) “Viram?” (par. 6) c.( ) “Ora, que bobagem!” (par. 3)
d.( ) “Parecem cegos?” (par.
7. A fábula de Millôr Fernandes é uma afirmativa de que:
a.( ) as pessoas julgam os fatos pela aparência
b.( ) cada pessoa vê as coisas conforme o seu estado e seu ponto de vista
c.( ) todos tem uma visão intuitiva dos fenômenos naturais
d.( ) o mundo é repleto de cientistas
8. O relato nos leva a concluir que:
a.( ) a galinha tinha razão
b.( ) a razão estava com o sapo
c.( ) A lebre julgava-se dona da verdade.
d.( ) as opiniões estavam objetivamente erradas.
9. Cada um dos animais teve sua afirmação satisfeita quando:
a.( ) a discussão terminou
b.( ) chegaram a um acordo
c.( ) começou a chover
d.( ) foram apartados por outro animal
10. Toda fábula encerra um ensinamento. Podemos sintetizar o ensino desta fábula através da frase:
a.( ) A mentira tem pernas curtas.
b.( ) As aparência enganam.
c.( ) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
d.( ) Não julgueis e não sereis julgados.
GABARITO
1. b 2. D
3. C 4. C 5. D 6. A
7. A 8. D
9. C 10. B
O
índio
- Meu Deus,é ele!
Quem já conversou com um índio, assim um papo aberto, sobre futebol, religião, amor... ? A primeira ideia que nos vem é a da impossibilidade desse diálogo,risos, preconceito, talvez. O que dizer então da visão dos estrangeiros ,que pensam que andamos nus, atiramos em capivaras com flechas envenenadas e dançamos literalmente a dança da chuva pintados com urucu na praça da Sé ou na avenida Paulista?
Pois na minha escola no ano de 1995 ocorreu a matrícula de um índio. Um genuíno adolescente pataxó.
A funcionária da secretaria não conseguiu esconder o espanto quando na manhã de segunda-feira abriu preguiçosamente a portinhola e deparou-se com um pataxó sem camisa com o umbigo preto para fora, dois penachos brancos na cabeça e a senha número "um" na mão, que sem delongas disse:
– Vim matricular meu filho.
E foi o que ocorreu, preenchidos os papéis, apresentados os documentos, fotografias, certidões, transferências, alvarás, licenças etc. A notícia subiu e desceu rapidamente os corredores do colégio, atravessou as ruas do bairro, transpôs a sala dos professores e chegou à sala da diretora, que levantou e, em brado forte e retumbante, proclamou:
– Mas é um índio mesmo?
Era um índio mesmo. O desespero tomou a alma da pobre mulher; andava de um lado para o outro, olhava a ficha do novo aluno silvícola, ia até os professores, chamava dois ou três, contava-lhes, voltava à sala, ligava para outros diretores pedindo auxílio, até que teve uma idéia: pesquisaria na biblioteca. Chegando lá, revirou Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos e nada. Curiosa com a situação, a funcionária questionou: – qual o problema para tanto barulho?
– Precisamos ver se podemos matricular um índio; ele tem proteção federal, não sabemos que língua fala, seus costumes, se pode viver fora da reserva; enfim, precisamos de amparo legal. E se ele resolver vir nu estudar, será que podemos impedir?
Passam os dias e enfim chega o primeiro dia de aula, a vinda do índio já era notícia corrente, foi amplamente divulgada pelo jornal do bairro, pelas comadres nos portões, pelo japonês tomateiro da feira, pelos aposentados da praça, não se falava noutra coisa. Uma multidão aguardava em frente da escola a chegada do índio, pelas frestas da janela, que dava para o portão principal, em cima das cadeiras e da mesa, disputavam uma melhor visão os professores – sem nenhuma falta –, a diretora, a supervisora de ensino e o delegado.
O porteiro abriu o portão – sem que ninguém entrasse – e fitou ao longe o final da avenida; surgiu entre a poeira e o derreter do asfalto um fusca, pneus baixos, rebaixado, parou em frente da escola, o rádio foi desligado, tal o silêncio da multidão que se ouviu o rangido da porta abrir, desceu um menino roliço, chicletes, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, calça jeans, camiseta, walkman nas orelhas, andou até o porteiro e perguntou:
– Pode assistir aula de walkman?
Edson Rodrigues dos Passos. In: Nós e os outros: histórias de diferentes culturas.São Paulo. Ática, 2001.
Não despertemos os Leitores
1. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.
O leitor dorminhoco é aquele que lê, mas não faz uma reflexão da leitura para saber se o que ele leu está certo ou errado, tem preguiça de raciocinar.O Texto "Não depertemos o leitor", é um texto dissertativo, pois segundo consulta ao livro de Othon Moacir Garcia Comunicação e Prosa Moderna 26 ed.
3. Plutarco poderia se considerar um grego comum? Por quê?
Não. Porque Plutarco achava que os sete sábios eram chatos.
4. Por que os sete sábios da Grécia deviam ser a tábua de salvação das conversas?
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com idéias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
a) os
diques (ou muralhas): __________________________________________________________________
b) país: __________________________________________________________________
c) crianças: __________________________________________________________________
d) buraco: __________________________________________________________________
- Meu Deus,é ele!
Quem já conversou com um índio, assim um papo aberto, sobre futebol, religião, amor... ? A primeira ideia que nos vem é a da impossibilidade desse diálogo,risos, preconceito, talvez. O que dizer então da visão dos estrangeiros ,que pensam que andamos nus, atiramos em capivaras com flechas envenenadas e dançamos literalmente a dança da chuva pintados com urucu na praça da Sé ou na avenida Paulista?
Pois na minha escola no ano de 1995 ocorreu a matrícula de um índio. Um genuíno adolescente pataxó.
A funcionária da secretaria não conseguiu esconder o espanto quando na manhã de segunda-feira abriu preguiçosamente a portinhola e deparou-se com um pataxó sem camisa com o umbigo preto para fora, dois penachos brancos na cabeça e a senha número "um" na mão, que sem delongas disse:
– Vim matricular meu filho.
E foi o que ocorreu, preenchidos os papéis, apresentados os documentos, fotografias, certidões, transferências, alvarás, licenças etc. A notícia subiu e desceu rapidamente os corredores do colégio, atravessou as ruas do bairro, transpôs a sala dos professores e chegou à sala da diretora, que levantou e, em brado forte e retumbante, proclamou:
– Mas é um índio mesmo?
Era um índio mesmo. O desespero tomou a alma da pobre mulher; andava de um lado para o outro, olhava a ficha do novo aluno silvícola, ia até os professores, chamava dois ou três, contava-lhes, voltava à sala, ligava para outros diretores pedindo auxílio, até que teve uma idéia: pesquisaria na biblioteca. Chegando lá, revirou Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos e nada. Curiosa com a situação, a funcionária questionou: – qual o problema para tanto barulho?
– Precisamos ver se podemos matricular um índio; ele tem proteção federal, não sabemos que língua fala, seus costumes, se pode viver fora da reserva; enfim, precisamos de amparo legal. E se ele resolver vir nu estudar, será que podemos impedir?
Passam os dias e enfim chega o primeiro dia de aula, a vinda do índio já era notícia corrente, foi amplamente divulgada pelo jornal do bairro, pelas comadres nos portões, pelo japonês tomateiro da feira, pelos aposentados da praça, não se falava noutra coisa. Uma multidão aguardava em frente da escola a chegada do índio, pelas frestas da janela, que dava para o portão principal, em cima das cadeiras e da mesa, disputavam uma melhor visão os professores – sem nenhuma falta –, a diretora, a supervisora de ensino e o delegado.
O porteiro abriu o portão – sem que ninguém entrasse – e fitou ao longe o final da avenida; surgiu entre a poeira e o derreter do asfalto um fusca, pneus baixos, rebaixado, parou em frente da escola, o rádio foi desligado, tal o silêncio da multidão que se ouviu o rangido da porta abrir, desceu um menino roliço, chicletes, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, calça jeans, camiseta, walkman nas orelhas, andou até o porteiro e perguntou:
– Pode assistir aula de walkman?
Edson Rodrigues dos Passos. In: Nós e os outros: histórias de diferentes culturas.São Paulo. Ática, 2001.
1.
Na escola, tudo corria tranquilamente. O que vem mudar esta situação?
A matricula de um indio
2. Por que a diretora consultou os documentos citados no texto?
Porque não tinha certeza se podia recebe-lo na escola, tinha duvidas se a escola sabria falar a sua lingua
3. Em quais documentos a diretora poderia encontrar amparo legal para matricular o índio? Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos
4. Por que a comunidade tinha expectativa pela chegada do índio?
5. O menino pataxó correspondeu à expectativa que a comunidade tinha a respeito dele? Não, pois o garoto era um aluno normal como os outros da escola
6. O menino chega mascando chicletes, usando boné do Chicago Bulls, tênis Recep, calça jeans, walkman nas orelhas. A que cultura associou os elementos citados?Uma cultura padrão ele se vestia igual aos alunos daquela escola...
7. Das frases abaixo, qual é a que mais se aproxima da questão cultural indígena tratada no texto?
a) É bom que todos tenham a oportunidade de partilhar os avanços tecnológicos.
b) É uma pena que os povos percam sua identidade.
c) Eu uso esses produtos, mas o índio usando é estranho.
8. A expressão brado retumbante aparece em um importante texto brasileiro. Você sabe qual?
9. Como o conflito se resolve no final? A comunidade escolar se decepciona com o índio, pois eles não esperavam um jovem normal como os outros.
10. Você acha normal a reação das pessoas ao ver um índio? Você também teria esta reação? Justifique sua resposta. Sim pra quem não conhece sua história de existência......... Pois alguns séculos atraz os índios corresponderia a expectativa da escola , mas nos dias de hoje eles já se trajam como o branco...
A matricula de um indio
2. Por que a diretora consultou os documentos citados no texto?
Porque não tinha certeza se podia recebe-lo na escola, tinha duvidas se a escola sabria falar a sua lingua
3. Em quais documentos a diretora poderia encontrar amparo legal para matricular o índio? Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos
4. Por que a comunidade tinha expectativa pela chegada do índio?
5. O menino pataxó correspondeu à expectativa que a comunidade tinha a respeito dele? Não, pois o garoto era um aluno normal como os outros da escola
6. O menino chega mascando chicletes, usando boné do Chicago Bulls, tênis Recep, calça jeans, walkman nas orelhas. A que cultura associou os elementos citados?Uma cultura padrão ele se vestia igual aos alunos daquela escola...
7. Das frases abaixo, qual é a que mais se aproxima da questão cultural indígena tratada no texto?
a) É bom que todos tenham a oportunidade de partilhar os avanços tecnológicos.
b) É uma pena que os povos percam sua identidade.
c) Eu uso esses produtos, mas o índio usando é estranho.
8. A expressão brado retumbante aparece em um importante texto brasileiro. Você sabe qual?
9. Como o conflito se resolve no final? A comunidade escolar se decepciona com o índio, pois eles não esperavam um jovem normal como os outros.
10. Você acha normal a reação das pessoas ao ver um índio? Você também teria esta reação? Justifique sua resposta. Sim pra quem não conhece sua história de existência......... Pois alguns séculos atraz os índios corresponderia a expectativa da escola , mas nos dias de hoje eles já se trajam como o branco...
Não despertemos os Leitores
Os leitores são, por natureza,
dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
(QUINTANA,
Mário. Prosa & Verso. 6. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)
1. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.
O leitor dorminhoco é aquele que lê, mas não faz uma reflexão da leitura para saber se o que ele leu está certo ou errado, tem preguiça de raciocinar.O Texto "Não depertemos o leitor", é um texto dissertativo, pois segundo consulta ao livro de Othon Moacir Garcia Comunicação e Prosa Moderna 26 ed.
2. Como você se classificaria: um leitor dorminhoco, um leitor
semidesperto ou um leitor atento? Justifique.
O leitor dorminhoco lê, mas não
interpreta o que leu.
O leitor
semidesperto lê desconfia que tem algo
errado mas não se importa.
O leitor atento lê e pesquisa para ver se o que leu é verdade.
O leitor atento lê e pesquisa para ver se o que leu é verdade.
3. Plutarco poderia se considerar um grego comum? Por quê?
Não. Porque Plutarco achava que os sete sábios eram chatos.
4. Por que os sete sábios da Grécia deviam ser a tábua de salvação das conversas?
Eles tinham grande prestígio e
influência entre os seus contemporâneos, e eram dotados de tamanha sabedoria
que alguns de seus ensinamentos foram inscritos nas paredes do templo de Apolo,
em Delfos.
5. Uma das técnicas da dissertação
consiste na citação de um "argumento de autoridade", ou seja, o
testemunho ou a citação de uma pessoa de competência reconhecida sobre
determinado assunto. Como Mário Quintana ironiza essa técnica?
Que conhecimento não faz mal a
ninguém, e que o Brasil é historicamente feito por pessoas que são dispersas a
leitura e que nada significa para ele.
6. Caetano Veloso, na letra Sampa,
afirma o seguinte: "Á mente apavora o que ainda não é mesmo velho".
Que trecho do texto apresenta opinião semelhante?
"Autor que os queira conservar não
deve ministra-lhes o mínimo susto."
7. Qual a diferença de postura entre o
leitor dorminhoco, o leitor semidesperto e o leitor atento em relação à frase:
" O Brasil não fugirá ao seu destino histórico"?
O leitor dorminhoco lê, sem prestar atenção e
não interpreta o que leu.
O leitor semidesperto lê desconfia que tem algo errado mas não tem
curiosidade de aprofundar o seu conhecimento, se acomoda;
O leitor atento lê, pesquisa, relacionar os
fatos para ver se o que leu é verdade.
NÃO DESPERTEMOS O LEITOR
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com idéias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
(QUINTANA, Mário. Prosa
& Verso. 6. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)
Leia o texto a seguir para responder
às questões de 1 a 4:
ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS
Naqueles
tempos, a vida em São Paulo era tranqüila. Poderia ser ainda mais, não fosse a
invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da
cidade; grossos tubos, situados nas laterais externas dos carros, desprendiam,
em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fonfons de buzinas,
assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas
que, em suas desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas
vezes chegando ao abuso de alcançar mais de 20 quilômetros à hora, velocidade
permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade
crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem
mesmo o “Prédio Martinelli” – arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me
engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem
em sonhos. Não se curtia som em aparelhos de alta fidelidade. Ouvia-se música
em gramofones de tromba e manivela. Havia tempo para tudo, ninguém se afobava,
ninguém andava depressa. Não se abreviavam com siglas os nomes completos das
pessoas e das coisas em geral. Para que isso? Por que o uso de siglas? Podia-se
dizer e ler tranqüilamente tudo, por mais longo que fosse o nome por extenso –
sem criar equívocos – e ainda sobrava tempo para ênfase, se necessário fosse.
Os
divertimentos, existentes então, acessíveis a uma família de poucos recursos
como a nossa, eram poucos. Os valores daqueles idos, comparados aos de hoje, no
entanto, eram outros; as mais mínimas coisas, os menores acontecimentos,
tomavam corpo, adquiriam enorme importância. Nossa vida simples era rica,
alegre e sadia. A imaginação voando solta, transformando tudo em festa, nenhuma barreira a
impedir meus sonhos, o riso aberto e franco. Os divertimentos, como já disse,
eram poucos, porém suficientes para encher o nosso mundo.
GATTAI, Zélia. Anarquistas graças a Deus. Rio de
Janeiro: Record, 1986. p. 23.
1. No relato de memória extraído do livro Anarquista graças a Deus, a autora faz algumas comparações
entre o passado e o presente. Dos trechos transcritos a seguir, assinale o que
não está fazendo uma comparação entre passado e presente:
a) ( ) “Poderia
ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados”.
b) ( )
“Não se curtia som em aparelhos de alta fidelidade. Ouvia-se música em
gramofones de tromba e manivela.”
c) ( ) “Os valores daqueles idos, comparados aos
de hoje, no entanto, eram outros”.
d) ( ) “Havia tempo para tudo, ninguém se afobava,
ninguém andava com pressa.”
2. Para que o leitor construa uma imagem do passado rememorado
pela autora, ela usa termos que qualificam e caracterizam algumas passagens de
suas memórias. Assinale a alternativa em que os termos destacados não são
caracterizadores:
a) ( )
“Nossa vida simples era rica,
alegre e sadia.”
b) ( ) “o
riso aberto e franco”
c) ( ) “abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em
suas desabaladas carreiras”
d) ( ) “Havia tempo para tudo, ninguém se afobava”
3. Assinale o trecho no qual a presença da voz do narrador,
interrompendo o relato, expressa um recurso de interação entre autor e leitor:
a) ( ) “Não havia surgido a febre dos edifícios
altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli”.
b) ( ) “Para
que isso? Para que o uso de siglas?”
c) ( ) “Os
divertimentos, existentes então, acessíveis a uma família de poucos recursos
como a nossa, eram poucos.”
d) ( ) “Nossa
vida simples era rica, alegre e sadia.”
4. Assinale a alternativa que expressa as marcas temporais que
identificam um passado distante:
a) ( )
“Havia tempo para tudo” e “Não havia surgido ainda”;
b) ( ) “ninguém se
afobava” e “sobrava tempo para ênfase”;
c) ( )
“Fora esse detalhe” e “ainda sobrava tempo para ênfase”;
d) ( )
“Naqueles tempos” e “daqueles idos”.
Leia o texto a
seguir para responder às questões de 5 a 12:
Ler, escrever e fazer conta de cabeça
“A professora gostava de vestido branco, como os
anjos de maio. Carregava sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou
preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro.
Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício e, de
mesa em mesa, ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela
passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra!.
(...)
Ninguém
tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de
aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia
não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais
vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada
um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava
sua presença e recebia uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome
por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, pra
ela me chamar por mais tempo.
O
giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando
os mistérios. E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós também
aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das
folhas. Não acertando os deveres, Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio, o
capricho, o aproveitamento do caderno. A gente era educado para saber ser com
orgulho. Assim, a nota baixa não trazia tanta tristeza.
(...)
Nas
aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia os
poemas, mas escrevia fundo em nossos pensamentos as idéias mais eternas.
Ninguém suspirava, com medo da poesia ir embora: Olavo Bilac, Gabriela Mistral,
Alvarenga Peixoto e “Toc, toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de
um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava
de onde vinha nem onde tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável.” QUEIRÓS,
Bartolomeu Campos de. Ler, escrever e fazer conta de cabeça.
São Paulo: Global, 2004. pp. 34-35.
5. Pelo texto é possível inferir que o narrador:
a) ( ) Se interessava mais pela professora, seu
modo de se vestir e escrever no quadro, do que pela aula em si.
b) ( ) Tinha uma profunda admiração pela
professora e se esforçava em aprender, também, para agradá-la.
c) ( ) Não se interessava pelas aulas que não
fossem de poesia.
d) ( )
Era o melhor aluno da classe.
6. Assinale o trecho em que o autor usa o recurso da comparação para
descrever poeticamente a forma como ele via o gosto da professora se vestir:
a) ( ) Carregava
sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para
limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro.
b) ( ) Paninho
bordado com flores, pássaros, borboletas.
c) ( ) A
professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio.
d) ( ) O
giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando
os mistérios.
7. Assinale o trecho em que está expressa uma relação de finalidade:
a) ( ) E todos gostavam de aprender primeiro, para
fazê-la feliz.
b) ( ) Ninguém
tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto.
c) ( ) O
giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando
os mistérios.
d) ( ) Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai.
8. A conjunção adversativa mas
comumente indica idéias opostas. No trecho a seguir, no entanto, seu uso,
associado à expressão “não só” sugere outra idéia, que não é a de oposição.
Assinale a alternativa que expressa a idéia sugerida no seguinte trecho:
“Abria o caderno, e não só lia os poemas, mas escrevia fundo
em nossos pensamentos as idéias mais eternas.”
a) ( ) Concessão.
b)( ) Adição. c) ( ) Oposição. d) ( ) Comparação.
9. Por meio do trecho “E a poesia ficava mais indecifrável.”, é
possível inferir:
a) ( ) Para
o narrador, o nome do autor dos poemas é fundamental para compreendê-las.
b) ( ) A professora lia poesias muito difíceis para
seus alunos.
c) ( ) O
fato de ser indecifrável, para o narrador, é inerente à poesia e, como o “autor
chamado Anônimo” tratava de temas diversos e não era possível saber sua origem,
essas poesias eram ainda mais indecifráveis.
d) ( ) Ele não gostava das poesias do “Anônimo”,
porque não as conseguia compreender.
10. No trecho “A gente era educado para saber ser
com orgulho. Assim, a nota
baixa não trazia tanta tristeza.”, o termo em destaque pode ser substituído,
sem alterar o sentido, por:
a) ( ) Entretanto. b)(
)Desse modo. c) ( ) Mas. d) (
) Ainda que.
11. A idéia de proporção
sugerida pelo trecho “E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós
também aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das
folhas.” significa que:
a) ( ) À
medida que a professora economizava espaço para escrever no quadro, os alunos
economizavam espaço em seus cadernos.
b) ( ) A
condição para que os alunos escrevessem menos era a de que a professora
diminuísse o tamanho de sua letra no quadro.
c) ( ) Os
alunos escreviam fora das margens para economizar o caderno porque a professora
pedia, escrevendo sem deixar espaços no quadro.
d) ( ) Os alunos não deviam escrever nas
“beiradinhas das folhas”, mas como a professora não fazia margens no quadro,
eles não respeitavam as do caderno.
GABARITO
1-A , 2-D,3-B,4-D, 5- B,6-C,7-A,8-B,9-B,10-C, 11-A
Leia o texto a seguir para resolver as questões de 1 a 10.
O PEQUENO HERÓI DA HOLANDA
1. A Holanda é um país cuja maior parte do território fica
abaixo do nível do mar. Enormes muralhas chamadas diques são o que impede o Mar
do Norte de invadir a terra, inundando-a completamente. Há séculos o povo se
esforça para manter as muralhas resistentes, a fim de que o país continue seco
e em segurança. Até as crianças pequenas sabem que os diques precisam ser
vigiados constantemente e que um buraco do tamanho de um dedo pode ser algo
extremamente perigoso.
2. Há muitos anos, vivia na Holanda um menino chamado Peter.
Seu pai era uma das pessoas responsáveis pelas comportas dos diques. Sua função
era abri-las e fechá-las para que os navios pudessem sair dos canais em direção
ao mar aberto.
3. Numa tarde do início do outono, quando Peter tinha oito
anos, a mãe o chamou enquanto brincava:
4. – Venha cá, Peter. Vá levar esses bolinhos do outro lado do
dique para o seu amigo cego. Se você andar ligeiro e não parar para brincar,
vai chegar em casa antes de escurecer.
5. O menino gostou da tarefa e partiu feliz da vida. Ficou um
bom tempo com o pobre cego, contando-lhe sobre o passeio da vinda e o sol e as
flores e os navios lá no mar. De repente, lembrou-se da mãe dizendo para voltar
antes de escurecer, despediu-se do amigo e tomou o rumo de casa.
6. Quando passava pelo canal, percebeu como as chuvas tinham
feito subir o nível da água e que elas estavam batendo forte contra o dique, e
pensou nas comportas do pai.
7. “Que bom que elas são tão fortes! Se quebrassem, o que
seria de nós? Esses campos lindos ficariam inundados. Meu pai sempre diz que as
águas estão ‘zangadas’. Parece que ele acha que elas estão zangadas por ficarem
presas tanto tempo.”
8.
O menino parava a toda hora para pegar umas florzinhas azuis que
cresciam à beira do caminho, ou para escutar o barulhinho dos coelhos andando
pela relva. Mas, com maior freqüência sorria ao pensar no pobre cego que tão
poucos prazeres tinha e tanto apreciava suas visitas.
9. De
repente, percebeu que o sol estava se pondo e escurecia rápido. “Minha mãe vai
ficar preocupada”, pensou ele, já correndo para chegar logo em casa.
10. Nesse
exato momento, ouviu um barulho. Parecia água respingando! O menino parou e foi
procurar de onde vinha. Encontrou um buraquinho no dique por onde estava
correndo um fio de água.
11. Qualquer criança na Holanda morre de medo
só de pensar num vazamento dos diques. Peter compreendeu o perigo
imediatamente. Se a água passasse por um buraco qualquer, de pequeno ele logo
se tornaria grande, e todo o país seria inundado. O menino prontamente percebeu
o que deveria fazer. Jogou fora as flores, desceu a encosta lateral do dique e
enfiou o dedo no furo.
12. A água parou de vazar! E Peter ficou
pensando com seus botões: “Ahá! As águas zangadas vão ficar presas. Posso
contê-las com meu dedo. A Holanda não vai ser inundada enquanto eu estiver
aqui.”
13. Correu tudo bem no início, mas logo
escureceu e esfriou. O menino começou a gritar bem alto:
14. – Socorro! Alguém, venha até aqui!
15. Mas
ninguém ouviu; ninguém veio ajudar.
16. Foi fazendo cada vez mais frio; o braço
começou a doer e a ficar dormente. Ele tornou a gritar:
17. –
Será que ninguém vai vir até aqui? Mãe! Mãe!
18. Mas
ela já tinha procurado pelo menino várias vezes desde que o sol se fora,
olhando pelo caminho do dique até onde a vista alcançava, e decidiu voltar para
a casa e fechar a porta, achando que ele havia decidido passar a noite com o
amigo cego, e estava disposta a ralhar com ele no dia seguinte de manhã por ter
ficado fora de casa sem sua permissão.
19. Peter tentou assobiar, mas os dentes
batiam de frio. Pensou no irmão e na irmã, aconchegados no calor de suas camas,
e no pai e na mãe queridos. “Não posso deixá-los afogar. Preciso ficar aqui até
que alguém venha, mesmo que passe a noite inteira.”
20. A lua e as estrelas brilhavam, iluminando
o menino recostado numa pedra junto ao dique. A cabeça pendeu para o lado, os
olhos se fecharam, mas Peter não adormeceu, pois toda hora esfregava a mão que
estava detendo o mar zangado.
21. “De alguma forma, eu vou agüentar!”
pensava ele. E passou a noite inteira ali, contendo as águas.
22. De manhã, bem cedinho, um homem a caminho
do trabalho achou ter ouvido um gemido enquanto passava por cima do dique.
Inclinou-se na borda e encontrou o menino agarrado à parede da muralha.
23. –
O que aconteceu? Você está machucado?
24. –
Estou contendo a água do mar! – gritou Peter. – Mande vir socorro logo!
25. O alerta foi dado imediatamente. Chegaram
várias pessoas com pás, e logo o furo estava consertado.
26. Peter
foi levado para casa, ao encontro dos pais, e rapidamente todos ficaram sabendo
que ele lhes havia salvo as vidas naquela noite. E até hoje, ninguém se esquece
do corajoso pequeno herói da Holanda.
BENNET, William J. (org.). O Livro das Virtudes para Crianças. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 12-18.
1. Com
base no texto lido, assinale a afirmativa incorreta:
a) ( ) Diques são enormes muralhas construídas
pelo homem para impedir que o mar invada a terra. Na Holanda, os diques são
importantes porque evitam a inundação desse país, cuja maior parte do
território fica abaixo do nível do mar.
b) ( X ) Naquele dia, Peter saiu de casa
escondido de sua mãe. Ele não contou a
ela para onde ia.
c) ( ) A mãe de Peter desistiu de procurar o
filho porque pensou que ele havia decidido passar a noite na casa do amigo.
d) ( ) A atitude do menino pode ser considerada
um ato de bravura, porque ele não pensou só em si, mas em sua família e no povo
que vivia nesse país.
2. Após
a leitura do texto, preencha o esquema a seguir. Ele será a base para o resumo
que você fará dessa história.
• Tempo (quando aconteceu a história?)
Há muito anos.
|
• Lugar
(onde?)
Na Holanda.
|
• Características
do país onde a história aconteceu.
A Holanda é um país cuja
maior parte do território fica abaixo do nível do mar. Por isso, enormes
muralhas
– diques – foram
construídas para evitar que as águas do Mar do Norte invadam a terra. Os
diques devem
ser vigiados
constantemente, pois um pequeno buraco pode se transformar num vazamento
perigoso, pondo em
risco a segurança da
população que vive nesse país.
|
• Apresentação
do personagem principal.
Peter é uma criança de
oito anos. Seu pai é um dos responsáveis pelas comportas dos diques, por
isso, Peter
sabe da importância
dessas muralhas para a segurança do país onde mora.
|
• Conflito
da história.
A mãe do Peter pede que o
filho leve bolinhos a um amigo cego que mora do outro lado do dique. Na
volta,
o garoto escuta um barulho
e percebe que há um pequeno vazamento no dique. Então, ele resolve tampá-lo
com o seu dedo. Porém,
como ninguém o vê ou o escuta para providenciar socorro, ele passa a noite
tentando
conter o vazamento sozinho.
|
• Solução do problema e desfecho da
história.
No dia seguinte, bem
cedinho, um homem a caminho do trabalho ouve o gemido do menino e vai em seu
socorro.
Logo, várias pessoas
chegam para ajudar no conserto do furo. Peter foi levado para casa, junto aos
pais.
.
|
3. Agora, faça uma síntese da história que você
leu. Se desejar, copie-a em uma ficha avulsa para que você possa iniciar um
fichário de suas leituras prediletas.
4. Releia o primeiro parágrafo do texto. Depois, assinale a
alternativa incorreta:
1. A
Holanda é um país cuja maior parte do território fica abaixo do nível do mar.
Enormes muralhas chamadas diques são o que impede o Mar do Norte de invadir a
terra, inundando-a completamente. Há séculos o povo se esforça para manter as
muralhas resistentes, a fim de que o país continue seco e em segurança. Até as
crianças pequenas sabem que os diques precisam ser vigiados constantemente e
que um buraco do tamanho de um dedo pode ser algo extremamente perigoso.
a) ( ) No
primeiro parágrafo, predomina o uso dos verbos no tempo presente.
b) ( ) O
uso do tempo presente, nesse parágrafo, deve-se ao fato de as informações
transmitidas não fazerem parte da história de Peter. São informações reais
sobre o país onde se originou a história.
c) ( X )
No primeiro parágrafo, as informações foram inventadas pela imaginação do
autor.
d) ( ) Se
o autor usasse o tempo passado nesse trecho, os leitores pensariam que a
Holanda deixou de existir.
5. No primeiro parágrafo, o uso de adjetivos contribui para que o
leitor forme uma idéia da importância do gesto do personagem para o país.
Identifique os adjetivos que caracterizam:
|
|
|
|
6. Releia este trecho do texto que inicia no segundo parágrafo,
observando os verbos em destaque.
2.
Há muitos anos, vivia na Holanda um menino
chamado Peter. Seu pai era uma das pessoas responsáveis pelas comportas dos
diques. Sua função era abri-las e fechá-las para que os navios pudessem sair
dos canais em direção ao mar aberto.
3. Numa
tarde do início do outono, quando Peter tinha oito anos, a mãe o chamou enquanto brincava:
4. –
Venha cá, Peter. Vá levar esses
bolinhos do outro lado do dique para o seu amigo cego. Se você andar ligeiro e
não parar para brincar, vai chegar em casa antes de escurecer.
Analise
as afirmativas seguintes e assinale a incorreta:
a) ( ) No
início desse trecho, o autor passa a usar outro tempo verbal para remeter o
leitor a algo que aconteceu em um passado distante.
b) ( ) O
tempo verbal usado nesse trecho cria um clima de encanto, fantasia, preparando
o leitor para conhecer uma história fantástica.
c) ( ) A
forma do verbo chamar (chamou, no terceiro parágrafo) marca o
fim da descrição de ações habituais, dando início a um fato novo, diferente,
que irá mudar o rumo da história.
d) ( X ) No
quarto parágrafo, os verbos em destaque indicam a fala do narrador, sugerindo
que ele está inseguro, que ele não sabe exatamente se quer fazer o personagem
vir ou ir.
7. Releia o 5.º parágrafo,
observando a expressão em destaque.
5. O
menino gostou da tarefa e partiu feliz da vida. Ficou um bom tempo com o pobre cego, contando-lhe sobre o
passeio da vinda e o sol e as flores e os navios lá no mar. De repente,
lembrou-se da mãe dizendo para voltar antes de escurecer, despediu-se do amigo
e tomou o rumo de casa.
Nesse
contexto, a expressão em destaque significa que o amigo de Peter
a) ( X ) inspirava pena;
b) ( )
não possuía bens materiais;
c) ( )
era um mendigo;
d) ( ) era um pedinte.
8. Releia
este parágrafo e assinale a alternativa correta:
7. “Que
bom que elas são tão fortes! Se quebrassem, o que seria de nós? Esses campos
lindos ficariam inundados. Meu pai sempre diz que as águas estão ‘zangadas’. Parece que ele acha que elas
estão zangadas por ficarem presas tanto tempo.” (...)
Nesse
parágrafo, a expressão em destaque:
a) ( X ) é uma figura de linguagem, um
recurso expressivo usado para atribuir a seres inanimados (sem vida)
características de seres animados (com vida), é chamado de personificação;
b) ( )
é um absurdo, pois as águas não podem ficar zangadas;
c) ( ) é um recurso
usado para descaracterizar as águas;
d) ( ) não deveria
ser usado no texto porque é inadequado.
9. Releia este trecho:
21. “De
alguma forma, eu vou aguentar!” pensava ele. E passou a noite inteira ali,
contendo as águas.
22. De manhã, bem cedinho, um homem a caminho
do trabalho achou ter ouvido um gemido enquanto passava por cima do dique.
Inclinou-se na borda e encontrou o menino agarrado à parede da muralha.
23. – O que aconteceu? Você está machucado?
24. – Estou contendo a água do mar! – gritou
Peter. – Mande vir socorro logo!
Assinale
a afirmativa incorreta:
a) ( X ) No vigésimo primeiro parágrafo, as
aspas foram usadas para indicar a fala direta do pai do menino.
b) ( ) As
aspas foram usadas nesse trecho para indicar ao leitor que, naquele momento,
não se ouviu a voz do personagem, pois, nesse texto, as aspas indicam os
pensamentos do personagem.
c) ( ) Nesse trecho, o primeiro e o segundo
travessão indicam a fala direta dos personagens: a primeira é do homem que
encontrou o menino e a segunda é de Peter.
d) ( ) Na
última fala desse trecho, foram usados dois travessões para intercalar uma
explicação do narrador.
10. Assinale a alternativa cujo conjunto apresenta
uma palavra que não faz parte da mesma família.
a) ( )
corajoso – coragem – encorajador;
b) ( )
muro – muralha – mureta;
c) ( ) gemer – gemido
– geme;
d) ( X ) zanga – zangado – zangão.
A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!
Paulo Leminski. Distraídos venceremos. São Paulo,
Brasiliense, 1993.
1 - Nos versos “Não tinha porque era apenas / uma estrela
bem pequena” da segunda estrofe do poema, o uso da palavra “porque” introduz
(A) a causa de não ter namorado.
(B) uma oposição a um filme engraçado.
(C) a consequência de uma história de amor.
(D) uma comparação do tamanho da estrela com a
intensidade da luz.
2- Este poema
(A) explica o nascimento do cinema.
(B) faz a propaganda de um filme engraçado.
(C) apresenta as características de uma lua solitária.
(D) conta a história de uma estrela que não tinha
namorado.
POR ONDE ANDARÁ SEVERINO?
A última ariranha-azul em liberdade no mundo mora no
Brasil, mas está desaparecida há dois meses. Se não for encontrada, a espécie
corre o risco de extinção.
Apelidada de Severino, a ave habita a região de Curuçá,
no sertão da Bahia. Segundo a coordenação de comitê de Recuperação da
Ariranha-Azul, uma equipe de estudiosos e moradores já esta à procura de
Severino. Há suspeitas de que ele tenha sido atacado por gaviões.
A ariranha-azul é a menor arara brasileira que existe,
mede menos de 30 centímetros e pesa cerca de 400 gramas. Hoje há cerca de 40
espécies em cativeiro no mundo todo (no Brasil são sete). Seu pequeno tamanho e
a beleza da cor azul infelizmente atraem os traficantes de animais, que caçam e
vendem as ararinhas como animais domésticos.
O Estado de S. Paulo, 9/12/2000. Estadinho.
3- A finalidade deste texto é
(A) divulgar a beleza das aves de nosso país.
(B) informar que gaviões são animais predadores.
(C) comunicar o desaparecimento da ariranha azul.
(D) convidar as pessoas a visitarem a região de Curuçá,
no sertão da Bahia.
O CONTO DA MENTIRA
Rogério Augusto
Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no
telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o
telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em
matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu
nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá
mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você
contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia
seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a
um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do telefone da casa
dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade, mãe!
A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É
verdade!”
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o
jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então ele
começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem,
Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora sem
culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um
menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...
4- Felipe começou a reduzir suas mentiras porque
(A) começou a escrever um conto.
(B) deixou de ganhar uma bicicleta.
(C) inventou ter sido sorteado por um programa de
TV.
(D) seu pai alertou sobre as consequências da mentira.
5- No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”, o termo
destacado substitui
(A) pai de Felipe.
(B) Pinóquio.
(C) cachorro.
(D) Felipe.
6- No desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe
(A) continua contando mentira para seus pais.
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de rua.
Olá, mãe!
Mãe, eu queria te dizer ...
(não te chamando de mamãe como no tempo em que a vida era
você,
mas te chamando de mãe
deste meu outro tempo de silêncio e solidão.)
Mãe, eu queria te dizer
(sem cara de quem pede desculpa pelo que não fez ou pensa
que fez)
que amar virou uma coisa difícil
e muitas vezes o que parece ingratidão,
ou até indiferença,
é apenas a semente do amor
que brotou de um jeito diferente
e amadureceu diferente
no atrapalhado coração da gente.
Acho que era isso, mãe,
o que eu queria te dizer.
(Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. São
Paulo: Moderna, 1995.)
7- O eu poético deseja, por meio deste texto,
(A) demonstrar seu sentimento de amor.
(B) reviver um tempo de silêncio e solidão.
(C) revelar que está insatisfeito com as atitudes da mãe.
(D) agradecer à mãe pelo tempo em que a vida era mais
simples.
8- O eu poético escreve uma mensagem à mãe por meio de
(A) um conto.
(B) um poema.
(C) uma crônica.
(D) uma propaganda.
9- O verso que comprova para quem o texto foi escrito é
(A) “acho que era isso, mãe...”
(B) “que amar virou uma coisa difícil”.
(C) “no atrapalhado coração da gente”
(D) “deste meu outro tempo de silêncio e solidão”
10- Na primeira estrofe do poema, o eu poético utiliza-se
dos parênteses para
(A) pedir desculpa pelo que pensa que fez.
(B) contar que a semente do amor brotou de um jeito
diferente.
(C) explicar o porquê do uso da palavra “mãe” ao invés de
“mamãe”.
(D) opinar sobre o sentimento de ingratidão ou indiferença
demonstrado.
Irapuru – o canto que encanta
Certo jovem, não muito belo, era admirado e desejado por
todas as moças de sua tribo por tocar flauta maravilhosamente bem. Deram-lhe,
então, o nome de Catuboré, flauta encantada. Entre as moças, a bela Mainá
conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia, Catuboré foi à pesca
e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no sem
vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra venenosa. Sepultaram-no no
próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias horas a chorar sua
grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de sua noiva,
lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo encontrar paz,
pediu ajuda ao Deus Tupã. Este, então, transformou a alma do jovem no pássaro
irapuru, que, mesmo com escassa beleza, possui um canto maravilhoso, semelhante
ao som da flauta, para alegrar a
alma de Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje contagia com seu amor os
outros pássaros e todos os seres da natureza.
(Waldemar de Andrade e Silva. Lenda e mitos dos índios
brasileiros. São Paulo: FTD, 1997.)
11- Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou porque
(A) apaixonou-se por uma índia de outra tribo.
(B) encontrou uma flauta encantada.
(C) dormiu à sombra de uma árvore.
(D) foi mordido por uma cobra.
12- No trecho “Deram-lhe, então, o nome de Catuboré,
flauta encantada.” Do primeiro parágrafo do texto “Irapuru – o canto que
encanta”, o termo destacado se refere
(A) ao grande dia.
(B) ao certo jovem. (C) à bela
Mainá. (D) a sua tribo.
13- Para conceder a paz a Catuboré, o Deus Tupã
(A) transformou a alma do jovem no pássaro irapuru.
(B) desapareceu com todas as cobras venenosas.
(C) criou a primavera para celebrar o casamento.
(D) convocou toda a tribo para tocar flauta.
A lebre e a tartaruga
Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lentidão da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga, já muito cansada por ser alvo de
gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre, muito segura de si, aceitou prontamente. Não
perdendo tempo, a tartaruga pôs-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém
firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária e, vendo que
ganharia fácil, parou e
resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária
cruzando a linha de chegada, toda sorridente.
Moral da história: Devagar se vai ao longe!
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=29
14- O episódio da narrativa que contribui para a vitória
da tartaruga é
(A) a decisão da lebre de parar e cochilar.
(B) o desafio de realizar uma corrida com a lebre.
(C) o desafio de correr para garantir a vantagem.
(D) a decisão firme de caminhar com passos lentos.
15- O trecho que expressa uma opinião a respeito de um
dos personagens é
(A) “Logo a lebre ultrapassou a adversária...”
(B) “Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.”
(C) “A lebre, muito segura de si, aceitou prontamente.”
(D) “Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a
correr.
16- A finalidade deste texto é ensinar ao leitor que
(A) o sono renova as energias do corpo.
(B) a caçoada do adversário garante a vitória.
(C) o êxito depende de dedicação e persistência.
(D) o esporte é necessário para manutenção da saúde.
17- As características do texto “A lebre e a tartaruga”,
tais como – o tipo de personagens
e a presença de moral –, exemplificam o texto conhecido
como
(A) receita. (B)
fábula. (C) campanha publicitária. (D) história em quadrinhos.
Gabarito
1-(A) a causa de não ter namorado.
2-(D) conta a história de uma estrela que não tinha namorado.
3-(C) comunicar o desaparecimento da ariranha azul.
4-(B) deixou de ganhar uma bicicleta.
5-(D) Felipe.
6-(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
7-(A) demonstrar seu sentimento de amor.
8-(B) um poema.
9-(A) “acho que era isso, mãe...”
10-(C) explicar o porquê do uso da palavra “mãe” ao invés de
“mamãe”.
11-(D) foi mordido por uma cobra.
12-(B) ao certo jovem.
13-(A) transformou a alma do jovem no pássaro irapuru.
14-(A) a decisão da lebre de parar e cochilar.
15-(C) “A lebre, muito segura de si, aceitou prontamente.”
16-(C) o êxito depende de dedicação e persistência.
17- (B) fábula.
12)_9
.........
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Boa tarde! Gostaria de receber as respostas do exercício sobre o texto " O índio". polycruzsouza@hotmail.com
ResponderExcluirparabens pelo seu blog é superipermega muito bom
ExcluirMandei pelo sei email
ResponderExcluirVocê poderia mandar para mim as respostas do texto " O índio" e também " Não despertemos o leitor". Grato! reisosnil@yahoo.com.br
ResponderExcluirVocê poderia me mandar as respostas do texto " O índio" e também " Não despertemos o leitor". Obrigada
ResponderExcluirmartta.martta@ig.com.br
Adorei suas atividades. Gostaria de receber as respostas dos exercícios sobre os textos " O índio" e também " Não despertemos o leitor". janicevalentinilana@yahoo.com.br
ResponderExcluir
ResponderExcluirAdorei suas atividades. Gostaria de receber as respostas dos exercícios sobre os textos " O índio" e também " Não despertemos o leitor". janicevalentinolana@yahoo.com.br
Descupe-me digitei o endereço errado no outro comentário agora está correto.
Gostei das atividades,porém gstaria de receber respostas do texto"O Índio"e" Não despertemos o leitor". .
ResponderExcluirMeu e-mail é: r.toledo.faria@bol.com.br
Desde já agradeço.
Gostaria se possível receber as respostas dos textos para aplicação em sala.
ResponderExcluirAgradeço!
iara_cassia@hotmail.com
Gostei das atividades,porém gostaria de receber respostas do texto"O Índio"e" Não despertemos o leitor". .
ResponderExcluirmonicamorenaflor@yahoo.com.br
Desde já agradeço
PARABÉNS PELO SEU BLOG É MUITO BACANA.
ResponderExcluirPoderias mandar as respostas da interpretação do texto do índio
ResponderExcluirEsqueci de mandar o email para envio do gabarito do texto O índio, é solangecunhaf@gmail.com
ResponderExcluirObrigada
Me mande por favor, o gabarito dos textos: "O índio" e de "Não despertemos o leitor". O meu e-mail: rafaellysantos.01@hotmail.com
ResponderExcluirObrigada.
Você poderia mandar para mim as respostas do texto " O índio" e também " Não despertemos o leitor"
ResponderExcluiraluisio.r.silva@hotmail.com
Amei seu trabalho,dá pra ve que é com muito carinho.Você ajudou a mim e a meu filho a estudarmos juntos,obrigada!
ResponderExcluirGostaria de receber as resposta do texto "O indio" bem como "não despertamos o leitor
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Att. vagner
vagner.portolima@gmail.com
MUITO BOM! GOSTARIA DE RECEBER OS GABARITOS DOS TEXTOS. OBRIGADA! EMAIL-giorgia_severo@hotmail.com
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirAdorei seus textos, me ajudará bastante. Por acaso vc teria algum material que trabalhe a diferença entre o verbo "é" e a conjunção "e". Meus alunos ainda confundem mto, não o que trabalhar para sanar esse "problema" em sala de aula.
Obrigada,
Keylla
keyllinhaever20@gmail.com
manda as respostar do texto :
ResponderExcluirANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS
email: joaodanielff@hotmail.com
pfvr agradecido
Muito obrigado. você é uma pessoa que aprendeu a dividir o pão que Deus lhe multiplique bençãos em sua vida.
ResponderExcluirObrigadaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Felicidades ! Saúde ! Tudo de Bom!!!
ResponderExcluirÉ UM BLOG BASTANTE INTERESSANTE! PARABÉNS, GOSTARIA DE RECEBER AS RESPOSTAS DO TEXTO: O VILARES EMAIL:nicolealex14@gmail.com obg :)
ResponderExcluirAmei os texto e as questões. Obrigada. Maristela.
ResponderExcluirAdoooooooogo!!!
ResponderExcluirGostei muito do texto´´ Ler,escrever e fazer conta de cabeça´´,mas gostaria que verificasse o gabarito pois acho que algumas questões não batem com o gabarito.
ResponderExcluirQue maravilhoso blog! Amei as atividades. Parabéns!!!
ResponderExcluireu amei a atividade
ResponderExcluirmt bom
ResponderExcluirexcelente me ajudou muito em meus estudos.......
ResponderExcluirSeu blog é maravilhoso. Simplesmente Demais.......
ResponderExcluirNossa!!!!!! D++++ MUITO BOM MESMO!
ResponderExcluirMe ajudou muito com a prova de português da escola. ^-^ => :)
ResponderExcluirGostaria que você pudesse me ajudar a interpretação do soneto circular do autor Machado de Assis, tenho dificuldade e preciso aprender, sem mais obrigada
ResponderExcluirObrigada por compartilhar os textos!
ResponderExcluirParabéns pelo seu Blog! As atividades são excelentes! Obrigada!!!
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirestas respostas que estão no texto Índio, estão corretas? caso não peço para que me encaminhe no email tattyane_chiavegati@ig.com.br
Parabéns pelo Blog. Muito bom.
ResponderExcluirMarco Santiago - Professor.
Olá! Boa noite!
ResponderExcluirAdorei os textos. Vão me ajudar muito.
Obrigada.
Eni
gostei mt dos textos me ajudam a trabalhar interpretação com meus alunos e até montar minhas provas de interpretação obgda
ResponderExcluirgostei mt dos textos me ajudam a trabalhar interpretação com meus alunos e até montar minhas provas de interpretação obgda
ResponderExcluirgoste muito,me ajudou no teste de portugues,as perguntas são as mesmas!!
ResponderExcluirtenho algumas dúvidas quanto ao texto 2 (A Causa da Chuva).
ResponderExcluirGostaria de uma explicação das questões 5 e 7.
Obrigado!
essas são ótimas ideias de atividades interpretativas.
ResponderExcluirboa tarde!
ResponderExcluirpor acaso teria a cronica "ousadia" de Fernando Sabino com gabarito?
olá! adorei sei blog.
ResponderExcluirtens como enviar as respostas do texto "o indio" para meu email? (milasantanna@hotmail.com) obrigada, Camila.
Parabéns. Seu Blog me ajudou muito.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.
ResponderExcluirEstudo muito por aqui
ResponderExcluirVerifique o gabarito do texto LER, ESCREVER E FAZER CONTA DE CABEÇA - questão 10.
ResponderExcluirIndica a conclusão de uma ideia anterior:
- assim, assim sendo, desta forma, desta maneira, deste jeito, desse modo, dessa forma, dessa maneira, desse jeito, destarte, dessarte, à vista disso, em vista disso.
Atividades de interpretação de texto são essenciais no processo de aprendizagem do ensino básico. Não se ensina interpretação de texto sem antes trabalhar pontos principais no processo de leitura. https://demonstre.com/10-atividades-de-interpretacao-de-texto/
ResponderExcluirPor ele não se deixa fazer as precuntas
ResponderExcluirAMEI. PERFEITO. OBRIGADA POR COMPARTILHAR.
ResponderExcluirAmei esta página.
ResponderExcluirVai me ajudar e MUITO com a educação do meu filho.
Mas, confesso que não sou boa em interpretação.
Assim, quando possível, pode me enviar o gabarito das perguntas, POR FAVOR!!!
verilada@terra.com.br
gostei desta pagina....
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