Atividades de estilística
Questão 1 (TTN)
Assinale a opção que contém sinônimos das palavras sublinhadas nas frases:
I. "Primeiro explorei as larguezas de meu pai, ele dava-me tudo o que lhe pedia, sem repreensão, sem demora, sem frieza."(M. Assis)
II. "O sonho e o inconsciente renascem na procura de evasão do mundo real e na concepção de um mundo ideal."(J. D. Maia)
a) economia/saída
b) generosidade/fuga
c) compreensão/retorno
d) solicitude/involução
e) abastança/repressão
R = b
Questão 2 (A palavra sublinhada está empregada inadequadamente em:
a) Os moradores sempre o consideraram, pelas suas atitudes, um homem sério e descente.
b) Sempre foi muito místico, por isso não se cansavam de lhe chamar de ascético.
c) Comentava-se que o príncipe só poderia ascender ao trono, após a maioridade.
d) Na última publicação do jornalista, a seção de esportes estava ótima.
e) Sabe apreciar uma pintura. Não há duvida de que possui senso artístico
R = a
Questão 3 A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em:
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem. (descriminar)
c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir)
d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso)
e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi _________ o cofre ali mesmo, na escada. (arriar)
R = c
Questão 4 Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi empregada erroneamente:
a) O Diretor-Geral retificou a portaria 601 que fora publicada com incorreções.
b) Este fiscal vai trabalhar na seção de tributação.
c) O superintendente da receita federal deferiu aquele nosso pedido.
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.
e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.
R = e
Questão 5 Em que alternativa o significado entre parênteses não corresponde ao da palavra grifada?
a) O eminente deputado autorizou a realização deste concurso. (ilustre, elevado)
b) Os candidatos pediram que fosse dilatado o prazo de inscrição. (aumentado)
c) As tentativas de iludir a vigilância dos agentes não produziram o efeito desejado. (sortiram)
d) Os agentes não permitiram a infração da ordem nas galerias. (transgressão)
e) Ela fazia questão de diferir através do uniforme. (mostrar-se diferente)
R = c
Questão 6 Assinale a alternativa incorreta:
a) O governo cassou os direitos políticos daquele cidadão.
b) Houve um roubo vultuoso naquele banco.
c) Nosso advogado vai impetrar mandado de segurança.
d) Os alunos se portaram com muita discrição na visita que fizemos ao museu.
e) Uma fragrante rosa despontou.
R = b
Questão 7 O sentido das palavras não está corretamente indicado nos parênteses em:
a) distratar (maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou contrato)
b) deferimento (aprovação) / deferimento (adiamento)
c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido (realizado)
d) descente (que desce; vazante) / decente (adequado; apropriado)
e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa (tributo, imposto)
R = a
Questão 8
Os sentidos dos parônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:
a) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)
b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
c) imergir (vir à tona) / emergir (afundar)
d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga)
e) descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)
R = b
Questão 9
O significado das palavras está incorretamente indicado nos parênteses em:
a) dilatar (ampliar) / delatar (denunciar)
b) conjetura (hipótese) / conjuntura (situação)
c) cerrar (fechar) / serrar (cortar)
d) deferir (distinguir-se) / diferir (conceder)
e) acender (pôr fogo) / ascender (subir)
R = d
Questão 10
Os sentidos dos homônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:
a) ascender (pôr fogo) / acender (subir)
b) cassar (perseguir animais) / caçar (tornar sem efeito)
c) cela (pequeno quarto) / sela (arreio)
d) serrar (fechar) / cerrar (cortar)
e) coser (preparar alimento) / cozer (costurar)
R = c
Medo
Tudo calmo. Archimedes estava só, em casa. Quando chegou, avistara um bilhete sobre a mesa, próximo à cesta de frutas.
“Filho, seu pai e eu
precisamos viajar. Sua avó não está passando bem. Há comida pronta no
freezer, aqueça no micro-ondas. Na geladeira tem leite e iogurte. Ah!
Verduras também! Não te esqueças de colocar o relógio para despertar.
Nada de “perder” a hora. Voltamos logo. Beijo de seu pai e sua mãe. Te
amamos”
A casa era toda sua!
Ninguém para mandá-lo tomar banho, escovar os dentes, dormir cedo, bom
demais! Os pais se esqueciam de que ele já não era um menino, que tinha
vinte anos. Grande foi a tentação de convidar os amigos e fazer uma
festança! Havia comida, os amigos podiam trazer a bebida. Nem entrariam
na casa, a bagunça seria do lado de fora à beira da piscina. Chegou a
pegar o celular para convidar os amigos, mas a razão aconselhou que era
uma péssima ideia. Como iria fazer uma festa sem deixar vestígios e sem
que a empregada desse com a língua nos dentes?
– Sem chance! – concluiu. – Melhor aquietar o facho.
Andou pela casa,
preparou um lanche e o silêncio despertou-lhe a vontade de ler. Por que
não terminar a leitura daquele livro de Edgar Allan Poe, cheio de
mistérios? Procurou por entre a bagunça que era seu quarto. De posse,
daquele que seria seu companheiro por algumas horas, rumou para a sala
disposto a escachar-se no sofá, onde só era permitido sentar-se. Pés
sobre ele, nem pensar! Sua mãe quase tinha um ataque de nervos toda vez
que o via, ou ao pai, tirando um cochilo sobre o mesmo. Era caro
demais, dizia ela, para que o fizessem de cama.
Iniciou a leitura por
“Berenice”. A história era por demais envolvente, a sensação de medo
traduzia-se em aumento de adrenalina, o que só ratificava sua
preferência pelo autor.
Um forte ribombo
acompanhado de um risco luminoso cortando o céu, anunciava mudança no
tempo. Uma chuva forte estava a caminho, bem próxima. “Atmosfera
perfeita”, pensou. Levantou-se para fechar a janela que havia deixado
aberta e constatou que o céu estava estrelado. Intrigado, voltou ao sofá
para iniciar a leitura de outra história.
Tão logo se acomodou, despertou-lhe a atenção uma pequena caixa vermelha sobre o aparador que ficava próximo à janela.
– São os dentes de Berenice – murmurou, em tom irônico.
Nem bem abriu o Edgar
Allan Poe, a porta da sala fechou-se com um estrondo, e uma lufada de
vento invadiu o cômodo, revirando a toalha da mesa e o jornal que o pai
havia deixado sobre o aparador.
– Archimedes, por quê? Eu te amo tanto! Por que, meu amor?
– O que está acontecendo? – balbucia, pálido de terror.
Diante de si, no umbral
da porta, está Carla, sangue escorrendo da boca desdentada. O terror
intenso põe o rapaz em pé, que, em um movimento violento, quebra o vaso
de porcelana da dinastia Ming, adquirido pela mãe em um leilão.
Paralisado pelo pavor, vê Carla afastar-se em meio a soluços de dor.
– Carla, espera! O que
aconteceu? – grita desesperado, tentando segui-la, mas é impedido pela
mesa de centro. A dor no joelho é tão forte que ele cai.
Quando finalmente
consegue levantar-se, o que viu aterrorizou-o ainda mais, lá estava, no
sofá revestido de fino veludo italiano, uma pasta de folhas de alface,
pepino, catchup e mostarda; no chão, os cacos do pequeno tesouro
garimpado pela mãe em uma viagem a Hong Kong. Da caixinha vermelha
sobre o aparador, nem sinal.
Foi o som do telefone tocando que o tirou do estado catatônico em que se encontrava.
– Alô.
– Archimedes! Espero que
tenhas uma desculpa muito boa para o fato de ter me deixado plantada na
frente do cinema, ou eu arranco o teu couro! – berrava Carla.
Desligou o telefone sem
dizer uma palavra. Estava em uma enrascada tremenda, destruiu o sofá e a
obra de arte da qual a mãe tanto se gabava. Maldito Edgar Allan Poe e
suas histórias! Por culpa dele, quem ficaria sem os dentes, assim que a
mãe chegasse, era ele! E ainda perderia a namorada que não ia acreditar
que ele estava em casa lendo, adormeceu e, por isso, não fora ao
encontro marcado.
( Odenilde Nogueira Martins - Medo: In: Caso encerrado)
1- Certamente você já escreveu um bilhete. Quais elementos esse gênero textual precisa apresentar?
2- Identifique o destinatário e o emissor do bilhete.
3- Há, no bilhete escrito pela mãe, um vocativo. Identifique-o.
4- Explique o uso de aspas na palavra "perder", segundo parágrafo.
5- O que significa "aquietar o facho"?
6- No trecho: "...o que só ratificava sua preferência pelo autor.", "ratificava" significa:
(a) - Corrigir, emendar, alinhar, endireitar,
(b) - Confirmar, autenticar um ato ou compromisso.
7-Quem é Edgar Allan Poe?
8- Identifique no conto "Medo":
a- foco narrativo, tipo de narrador;
b- espaço físico da narrativa (onde);
c-espaço temporal ( quando), comprove;
9- Quem é Berenice?
10- Que fato despertou a atenção do rapaz?
11- O que aterrorizou mais Archimedes?
12- Que fato traz o rapaz à realidade?
13- Quem estava telefonando? O que dizia?
14- Podemos concluir que tudo não passara de...
15- A que conclusão Archimedes chegou após o telefonema?
Gabarito
1- Deve conter os seguintes elementos: destinatário (a pessoa que receberá o bilhete), mensagem, nome legível do emissor e data.
1. Identifique no conto
alguns elementos do enredo. Para cada um, escreva uma frase com suas palavras.
1- Certamente você já escreveu um bilhete. Quais elementos esse gênero textual precisa apresentar?
2- Identifique o destinatário e o emissor do bilhete.
3- Há, no bilhete escrito pela mãe, um vocativo. Identifique-o.
4- Explique o uso de aspas na palavra "perder", segundo parágrafo.
5- O que significa "aquietar o facho"?
6- No trecho: "...o que só ratificava sua preferência pelo autor.", "ratificava" significa:
(a) - Corrigir, emendar, alinhar, endireitar,
(b) - Confirmar, autenticar um ato ou compromisso.
7-Quem é Edgar Allan Poe?
8- Identifique no conto "Medo":
a- foco narrativo, tipo de narrador;
b- espaço físico da narrativa (onde);
c-espaço temporal ( quando), comprove;
9- Quem é Berenice?
10- Que fato despertou a atenção do rapaz?
11- O que aterrorizou mais Archimedes?
12- Que fato traz o rapaz à realidade?
13- Quem estava telefonando? O que dizia?
14- Podemos concluir que tudo não passara de...
15- A que conclusão Archimedes chegou após o telefonema?
Gabarito
1- Deve conter os seguintes elementos: destinatário (a pessoa que receberá o bilhete), mensagem, nome legível do emissor e data.
2- Destinatário: filho ; emissor: mãe
3- Filho - Archimedes
4- A palavra "perder" foi usada no sentido figurado e denota ironia.
5- Significa: sossegar, ficar quieto.
6- B
7- Edgar Allan Poe é um escritor.
8- a- Terceira pessoa, narrador observador;
b- Casa da personagem Archimedes, mais precisamente, a sala de estar;
c- Tempo indefinido: os fatos aconteceram à noite: "Levantou-se para fechar a janela que havia deixado aberta e constatou que o céu estava estrelado."
3- Filho - Archimedes
4- A palavra "perder" foi usada no sentido figurado e denota ironia.
5- Significa: sossegar, ficar quieto.
6- B
7- Edgar Allan Poe é um escritor.
8- a- Terceira pessoa, narrador observador;
b- Casa da personagem Archimedes, mais precisamente, a sala de estar;
c- Tempo indefinido: os fatos aconteceram à noite: "Levantou-se para fechar a janela que havia deixado aberta e constatou que o céu estava estrelado."
9- Berenice é personagem de uma das histórias do livro de Edgar Allan Poe.
10- Uma pequena caixa vermelha sobre o aparador que ficava próximo à janela.
11- Ver,
no sofá revestido de fino veludo italiano, uma pasta de folhas de
alface, pepino, catchup e mostarda; no chão, os cacos do pequeno tesouro
garimpado pela mãe em uma viagem a Hong Kong.
12- O som do telefone tocando.
13-
Carla. Dizia que arrancaria o couro dele se ele não tivesse uma boa
desculpa para o fato de tê-la deixado esperando na frente do cinema.
14- ...um sonho.
15- Concluiu que estava
em uma enrascada tremenda, destruiu o sofá e a obra de arte da qual a
mãe tanto se gabava. E ainda perderia a namorada que não ia acreditar
que ele estava em casa lendo, adormeceu e, por isso, não fora ao
encontro marcado.
Estudo da estrutura do conto ESPELHO NO COFRE
Leia a seguir um conto tradicional do Japão, datado do século
VIII, de autoria desconhecida. Como outros contos do estilo, ele apresenta uma história
aparentemente inocente, mas com um ensinamento de vida.
Texto Espelho no cofre
De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa adquirida na
cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele. Julgando
reconhecer ali o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa. Guardou-o
num cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em
quando, quando se sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar contemplando “o rosto do pai”. Sua
mulher observou que ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, toda vez
que o via descer do quarto de cima. Começou a espreitá-lo
e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo tempo olhando
para dentro dele. Depois que o marido saiu, um dia ela abriu o cofre, e nele,
espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o
marido e deu-se então uma grave briga de família. O marido sustentava até o fim
que era o seu pai quem estava escondido no cofre. Por sorte, passava pela casa
deles uma monja. Querendo esclarecer de
vez a discussão, ela pediu que lhe mostrassem o cofre. Depois de alguns minutos
no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima: —
Ora, vocês estão brigando em vão: no cofre não há homem nem
mulher, mas tão somente uma monja como eu!
ESPELHO no cofre. In: Os cem melhores contos de humor da literatura universal. Seleção e tradução de Flávio Moreira da Costa. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2001. p. 29-30.
O texto O espelho no cofre é um conto. Nele, a ação
pode situar-se em qualquer época, mesmo no futuro. No entanto, o espaço onde se
passa a história costuma ser limitado. Pode existir mais de um cenário, mas a
ação principal geralmente transcorre num lugar só.
No conto, é o
conflito que organiza a ação. É em torno dele, geralmente
estabelecido nos primeiros parágrafos, que a ação será desenvolvida e
concluída.
a) O conflito
A mulher, desconfi ada do marido, abre o cofre e vê sua própria
imagem
no espelho.
b) O clímax
Ocorre uma grave briga em família.
c) A situação final
A monja vê no espelho sua própria imagem e tenta tranqüilizar o
casal.
2 Onde está o humor do conto?
Espera-se que o aluno perceba que o humor está no fato de nenhum
dos
personagens conhecer um espelho.
3 Em que espaço a história acontece? Como você
poderia caracterizá-lo?
Espera-se que o aluno responda que a história acontece numa casa
de dois
andares.
04.
A história ocorre:
a)
num espaço aberto
b) num espaço fechado
c)
dentro do cofre
d)
no texto não há elementos para responder a
pergunta
05.
Em que consiste o humor do conto?
a)
No homem reconhecer, no espelho, o rosto do
pai.
b)
Na mulher ver, no espelho, o rosto de uma
mulher.
c)
Na monja reconhecer, no espelho, outra monja,
como ela.
d) No fato de que nenhuma das
personagens conhece ou sabe para que serve um espelho.
06.
Indique o clímax do texto.
a)
O marido sustenta que era seu pai quem estava
no cofre.
b)
A mulher abre o cofre e vê sua própria imagem refletida no espelho.
c)
A monja vê sua imagem no espelho.
d) Ocorre uma briga entre marido e
mulher.
07.
O importante, no conto, é:
a)
A briga entre marido e mulher, ou seja, o conflito.
b)
A intervenção da monja, isto é, o desfecho.
c)
A mulher ter visto sua imagem no espelho.
d) O homem ter dito à mulher que era seu
pai quem estava no cofre.
08. No texto, a personagem principal:
a) É o marido.
b) É
a monja.
c) É a mulher.
d) São
homem, mulher e monja.
09.
A palavra espreitar, no texto, tem como
sinônimo:
a)
Indagar.
b)
Espremer.
c) Vigiar.
d)
Olhar.
10.
Em “Encantado, julgou reconhecer o rosto do
pai”, percebe-se que:
a)
O homem gostou de ter encontrado seu pai.
b)
O homem havia comprado um espelho.
c) O homem parecia-se com o pai.
d)
No espelho havia o retrato de seu pai.
Sobressalto
(Odenilde Nogueira Martins - Sobressalto- In: Caso encerrado)
Depois de ler, atentamente, o conto, responda às questões propostas.
Cândida
É noite quente, de lua
clara. As crianças brincam na pequena praça, correndo para lá e para cá,
brincando de pega-pega ou de esconde-esconde, enquanto os pais
conversam animados. Não há o que temer, todos se conhecem. Ali, o tempo
corre sem grandes sobressaltos. As portas e janelas não são trancadas,
travas para quê? A vida moderna e seus estorvos são vistos de muito
longe, esporadicamente. Curiosidade em vivê-la? Não. O que precisam,
eles têm, quase tudo. Um ou dois mascates trazem o que não produzem.
Não há o que temer.
Julião Mascate chegou
logo cedo à pequena cidade, tocando a buzina para se anunciar: vinha
carregado de tecidos coloridos e outras quinquilharias.
– Biiiiippppp!!
Bibipiiiiiiii! – É hora, minha senhora! Venha escolher seu tecido!
Julião tem de tudo: tem brincos, tem colares. Água de cheiro tem,
também! Venha logo. Não demore! – Biiiipppp! Biiiipppp! – Pro patrão,
tem também! Para a criançada, bolas coloridas e bonecas, lápis de cor e
peteca!
Minutos depois, lá
estava Julião, barraca montada na praça. Em dias de barraca na praça,
que mal havia de se esquecer de alguns afazeres? As pessoas acorriam,
ninguém ficava em casa. Ao entardecer, como sempre, Julião partiria.
Naquela noite, a
conversa girava em torno da chegada do mascate e das compras feitas.
Lindaura e Alzirinha jogavam peteca, separadas dos demais meninos e
meninas.
As vendas foram fracas e, por isso, Julião resolveu ficar na cidadezinha e montar sua barraca novamente no dia seguinte.
A peteca foi arremessada
com muita força. Onde foi parar? Lindaura sai à procura do brinquedo.
Demora demais. Alzirinha resolveu procurar também. Atrás do coreto,
tropeçou e caiu. Caiu sobre o corpo sem vida de Lindaura.
A cidadezinha, tomada de pesar, ficou muda de terror e espanto. Julião Mascate sumiu.
A maldade tomou forma e tocou a todos. Era concreta e tinha nome: Julião Mascate.
Portas e janelas se
fecharam. Na praça, não se ouve mais o alarido alegre do riso das
crianças, brincadeiras não há. As rodas de conversas diminuíram.
Restringem-se a uns poucos homens que conversam baixo e espiam
desconfiados por cima do ombro. A cada desconhecido que na cidadezinha
chega, um sobressalto. O mal existe. O povo carrega a marca indelével do
medo.
(Odenilde Nogueira Martins - Sobressalto- In: Caso encerrado)
Depois de ler, atentamente, o conto, responda às questões propostas.
1- O conto é uma narrativa curta cujo enredo compõe-se
de determinados elementos que lhe conferem a devida credibilidade,
fazendo com que se instaure um clima de envolvimento entre os
interlocutores (autor x leitor). O texto narrativo é composto pelo
enredo (o assunto do texto), o narrador, as personagens, o espaço e o
tempo. Identifique os elementos narrativos solicitados do conto Sobressalto.
a- Fato principal -
b- Narrador - Comprove
c- Personagens principais -
d- Espaço – Comprove
e- Tempo – Comprove
2- Na sua opinião, o título do conto é adequado? Justifique.
3- Em qual parágrafo instaura-se o conflito? Transcreva um trecho que comprove sua resposta.
4- A autora usou onomatopeia, retire-a e diga o que representa.
5- Quando a rotina da pacata cidade era alterada? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
6- Qual a justificativa para que o mascate permanecesse na cidade, diferentemente do que ocorria sempre?
7- O que aconteceu com Lindaura?
8- Qual fato permite concluir que Julião Mascate é o assassino de Lindaura?
9- Descreva a cidadezinha antes e depois da morte da menina Lindaura.
10- Fale em um parágrafo sobre o tipo de violência abordada no texto.
4- A autora usou onomatopeia, retire-a e diga o que representa.
5- Quando a rotina da pacata cidade era alterada? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
6- Qual a justificativa para que o mascate permanecesse na cidade, diferentemente do que ocorria sempre?
7- O que aconteceu com Lindaura?
8- Qual fato permite concluir que Julião Mascate é o assassino de Lindaura?
9- Descreva a cidadezinha antes e depois da morte da menina Lindaura.
10- Fale em um parágrafo sobre o tipo de violência abordada no texto.
Gabarito
1- a- A mudança ocorrida no comportamento dos moradores de uma pequena cidade após um assassinato brutal.
b- Terceira pessoa, observador: "O
que precisam, eles têm, quase tudo. Um ou dois mascates trazem o
que não produzem. Não há o que temer." (Outros
fragmentos podem ser usados)
c- Lindaura e Julião Mascate.
d- Na praça de uma pequena cidade: "As crianças brincam na pequena praça..."
e- O conto carece de informações precisas a respeito de quando os fatos aconteceram: "É noite quente, de lua clara." ; "Naquela noite,..."
2- Resposta pessoal.
3- No segundo parágrafo: "Julião
Mascate chegou logo cedo à pequena cidade, tocando a buzina para se
anunciar: vinha carregado de tecidos coloridos e outras quinquilharias."
4- Biiiiippppp!! Bibipiiiiiiii! - representa o som de buzina.
5- A rotina era alterada quando Julião Mascate chegava: "Em dias de barraca na praça, que mal havia de se esquecer de alguns afazeres? As pessoas acorriam, ninguém ficava em casa."
6- As vendas foram fracas.
7- Lindaura sofreu violência sexual e depois foi assassinada.
8- Julião Mascate sumiu.
9- Antes:ninguém trancava portas e janelas, a vida era calma, não havia o que temer, todos se conheciam, crianças e adultos reuniam-se na praça, enquanto os adultos conversavam, as crianças brincavam. Não havia violência.
Depois:As portas e janelas foram fechadas, as crianças não brincavam mais na praça, as rodas de conversas diminuíram, poucos homens conversam baixo, desconfiados, com medo de desconhecidos, os moradores passam a conhecer o medo da violência.
4- Biiiiippppp!! Bibipiiiiiiii! - representa o som de buzina.
5- A rotina era alterada quando Julião Mascate chegava: "Em dias de barraca na praça, que mal havia de se esquecer de alguns afazeres? As pessoas acorriam, ninguém ficava em casa."
6- As vendas foram fracas.
7- Lindaura sofreu violência sexual e depois foi assassinada.
8- Julião Mascate sumiu.
9- Antes:ninguém trancava portas e janelas, a vida era calma, não havia o que temer, todos se conheciam, crianças e adultos reuniam-se na praça, enquanto os adultos conversavam, as crianças brincavam. Não havia violência.
Depois:As portas e janelas foram fechadas, as crianças não brincavam mais na praça, as rodas de conversas diminuíram, poucos homens conversam baixo, desconfiados, com medo de desconhecidos, os moradores passam a conhecer o medo da violência.
10- Pessoal.
Cândida
De nome Cândida, a
morena andava sempre saltitando como se tivesse molas nos pés. Sabia que
os cachos de seus cabelos negros, saltitavam também. E mais! Sabia o
quanto era provocante! Saltitava, ainda, o coração dos moçoilos da
pequena vila de pescadores.
Era assim que Cândida
andava: saltitando! Êta, moreninha espevitada! Olhar brejeiro,
boca...ah! Que boca! Carnuda que só! Parecia que estava sempre pedindo
beijo! E olha que não tinha quem não estivesse querendo dar! Os jovens
reviravam os olhos e, na calada da noite, Cândida lhes fazia companhia!
No pensamento deles é claro! Mas fazia, sim, senhor! Os velhos, estes
ficavam satisfeitos de olhar e se lembrar de quando eram moços, contavam
aventuras amorosas. Ah, se fossem moços! Essa moreninha não havia de
escapar.
Cândida era moça séria,
feita para casar. Filha de Juca Pescador e de dona Iracema sabia ler e
sabia escrever! O pai fizera questão de que a filha aprendesse e para
isso contou com a ajuda de Isabel, uma prima, que vinha passar as férias
na pequena vila.
Isabel morava na capital e quando vinha, chegava cheia de conversas sobre a cidade grande: aventuras e divertimento!
Juca não gostava da
prosa e alertava a mulher. Dona Iracema dizia que era implicância dele,
nada tinha demais nas prosas e era divertido saber um pouco da vida na
cidade. Não aprovava a pintura exagerada no rosto e a roupa muito curta e
decotada, mas era moça de cidade, tinha outros costumes. Juca se
calava, bem ou mal, Isabel fazia bem ensinando as letras para Cândida.
Cândida sabia o quanto
era bonita! Tinha um vestidinho verde, de florzinha bem miudinha, que
quase grudava no corpo. E quando batia um ventinho, grudava mesmo e,
ainda, levantava um pouquinho! Toda segunda-feira, cedinho, a rapaziada
se concentrava embaixo de uma mangueira frondosa que havia em frente ao
posto do correio. Era dia em que Candinha mandava carta para a prima da
capital. Nas sextas-feiras, a cena se repetia, a moça ia ao posto buscar
o que a prima lhe enviava: livros! Perguntada sobre eles, dizia que
eram histórias, mas de que nada adiantava mostrar-lhes, não sabiam ler.
Mas um dia, ela contaria aquelas histórias!
– Mulher, tá na hora de
ver casamento pra nossa filha. Mathias gosta da nossa menina. É bom
moço, trabalhador – dizia Juca Pescador à esposa.
– Arre! Homem de Deus! Que pressa é essa? Nossa filha é muito menina!
– Escute o que tô te
dizendo, tem fogo nos olhos de nossa filha. Depois dessas encomendas que
ela recebe da prima, tem o perigo do nosso lugar ficar pequeno demais
pra ela. Você não vê que ela ri dos moços daqui?
– Te acalma, homem. Quando chegar a hora, ela há de gostar de um deles e se casar.
– Sei não, sei não!
Naquele dia chovia tanto
que parecia que o mundo ia se acabar em água, feito aquela história do
dilúvio. Devia ser por isso que Cândida não tinha aparecido no povoado
para botar carta no posto do correio. Na sexta-feira, também não
apareceu. E assim aconteceu nas semanas seguintes.
Zé das Redes, compadre
de Juca, a pedido do filho Mathias, apaixonado por Candinha, foi até a
casa do amigo que era para ver o que estava acontecendo, pois o
companheiro de pesca andava de olhos baixos, tristes. Não trocava
palavra com ninguém. A comadre, que judiação! Vertia em lágrimas! A
pombinha batera asas e voara para junto da prima.
Mathias resolveu que
devia ir atrás do seu amor e, numa manhã de um dia qualquer, embarcou,
cheio de sonhos! Haveria de trazer Candinha de volta!
Chegando à capital,
assustado, tem vontade de voltar, mas não pode. Como ficar lá, na
pequena vila, sem a moça que caminhava como se tivesse molas nos pés?
O rapaz não teve
dificuldade em encontrar o lugar em que a prima de Cândida morava. O
chofer de táxi lhe dissera que todo mundo sabia onde era. E lá foi
Mathias com o coração batendo forte, acelerado como quando levava susto.
Já era tarde, não era de
bom costume chegar à casa de alguém àquelas horas, mas há de entender
que chegava de viagem e não sabia para onde ir.
O lugar era grande
demais! Iluminado demais. Tinha até um sujeito grandalhão na entrada!
Devia ser por causa dos assaltos de que Mathias ouvira falar que
aconteciam nas cidades.
Conduzido por outro
homem, o jovem viu-se em salão mal iluminado. Dois casais, agarradinhos,
dançavam uma melodia chorosa. E um pouco mais adiante, em frente a um
balcão, sentada em uma banqueta, com um copo na mão, estava Cândida. Que
roupa era aquela que ela usava e que deixava à mostra quase que todo
seu corpo? Um velhote aproximou-se e a enlaçou, puxando-a para dançar.
Mathias afastou-se. Compreendera! Cândida, a sua Cândida, não mais existia.
Atividades de prática de leitura
1- Busque no dicionário o significado aplicado, no texto, à palavra " cândida".
2- Faça a descrição da personagem Cândida nos três primeiros parágrafos do conto.
3- Que informações o conto dá sobre a personagem Isabel? Essa personagem é importante? Por quê?
4- Explique o trecho: "Os
jovens reviravam os olhos e, na calada da noite, Cândida lhes fazia
companhia! No pensamento deles é claro! Mas fazia, sim, senhor!"
5- O que Juca, pai de Cândida reprovava em Isabel? Por que a reprovação.
6- O que acontecia nas segundas-feiras e nas sextas-feiras cedinho? Por quê?
7- O que Juca dizia para justificar a pressa em casar a filha?
8- A mãe de Cândida discordava do marido. Quem você acha que estava certo? Por quê?
9- Qual parágrafo mostra uma mudança na rotina de Cândida? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
10- No trecho "...o
mundo ia se acabar em água, feito aquela história do dilúvio.", o autor
faz alusão a outro texto muito conhecido que se encontra no livro mais
conhecido mundialmente; isso se chama intertextualidade. Que livro é
esse e a que texto desse livro a autora se refere?
11- Quem é Zé das Redes? E por que vai à casa de Juca? O que fica sabendo?
12- Mathias também viajou. Quando isso aconteceu? Comprove sua resposta. Para onde foi o rapaz?
13-
Como era o lugar em que a moça estava morando? Podemos inferir que o
local era muito conhecido por se tratar de que tipo de lugar?
14- Em que Cândida se transformara? Em momento Mathias percebe isso?
15- Por que Mathias se afastou?
16- No mundo real, você julga possíveis os fatos narrados? Por quê?
Gabarito
1- Ingênua, pura, inocente.
2- morena, andava sempre saltitando como se tivesse molas nos pés, cabelos negros e cacheados, era provocante, espevitada, olhar brejeiro, boca carnuda, bonita, era moça séria, feita para casar, filha de pescador, sabia ler e escrever.
3- Isabel é prima de Cândida, mora na capital, fala de aventuras e divertimentos, usava maquiagem exagerada e roupas muito curtas e decotadas. Sim, é importante ao contexto do conto porque é responsável pela alfabetização de Cândida e pelas mudanças operadas em sua vida.
4- Resposta pessoal
5- Não gostava das conversas da moça sobre a cidade grande, das aventuras e divertimentos de que falava, também reprovava a modo de vestir e se maquiar da sobrinha. Temia a influência que tais coisas podiam exercer sobre a filha.
6- Os rapazes se juntavam embaixo de uma mangueira, em frente ao correio, para ver Cândida, pois, nas segundas-feiras, ela ia mandar carta para a prima da capital e, nas sextas-feiras, ia buscar os livros que a prima lhe mandava.
7- Juca dizia que a filha tinha fogo nos olhos e que os livros, que recebia, podiam levá-la a não mais querer ficar na vila por desejar um mundo maior, pois os moços de lá, ela já desprezava, ria deles. Achava que a moça podia se iludir.
8- Resposta pessoal
9- No décimo segundo parágrafo: "Naquele dia chovia tanto que parecia que o mundo ia se acabar em água, feito aquela história do dilúvio. Devia ser por isso que Cândida não tinha aparecido no povoado para botar carta no posto do correio."
10- O livro no qual se encontra o texto, a que a autora se refere, é a Bíblia; o texto bíblico narra o dilúvio que devastou o mundo por obra de Deus, cansado dos pecados humanos.
11- Zé das Redes é compadre de Juca e vai à casa dele a pedido de seu filho Mathias, apaixonado por Cândida, para saber por que o pai da moça andava tão triste. Descobriu que Cândida fugira para a capital para morar com a prima.
12- O texto não diz quando exatamente isso acontece: "...numa manhã de um dia qualquer, embarcou,...". Ele foi para a capital, atrás de Cândida, o seu amor, com a esperança de trazê-la de volta.
13- "O lugar era grande demais! Iluminado demais. Tinha até um sujeito grandalhão na entrada!". Era muito conhecido por tratar-se de um prostíbulo.
14- Cândida era uma prostituta. Ele se dá conta disso quando entra em um um salão pouco iluminado, onde há dois casais dançando agarradinhos e, ali, vê a moça sentada junto ao balcão com um copo de bebida na mão, vestindo uma roupa que pouco lhe cobria o corpo e um velhote se aproxima, enlaça sua cintura e puxa-a para dançar.
15- Porque entendeu no que Cândida havia se transformado, que a moça da vila já não existia.
16- Resposta pessoal
3- Isabel é prima de Cândida, mora na capital, fala de aventuras e divertimentos, usava maquiagem exagerada e roupas muito curtas e decotadas. Sim, é importante ao contexto do conto porque é responsável pela alfabetização de Cândida e pelas mudanças operadas em sua vida.
4- Resposta pessoal
5- Não gostava das conversas da moça sobre a cidade grande, das aventuras e divertimentos de que falava, também reprovava a modo de vestir e se maquiar da sobrinha. Temia a influência que tais coisas podiam exercer sobre a filha.
6- Os rapazes se juntavam embaixo de uma mangueira, em frente ao correio, para ver Cândida, pois, nas segundas-feiras, ela ia mandar carta para a prima da capital e, nas sextas-feiras, ia buscar os livros que a prima lhe mandava.
7- Juca dizia que a filha tinha fogo nos olhos e que os livros, que recebia, podiam levá-la a não mais querer ficar na vila por desejar um mundo maior, pois os moços de lá, ela já desprezava, ria deles. Achava que a moça podia se iludir.
8- Resposta pessoal
9- No décimo segundo parágrafo: "Naquele dia chovia tanto que parecia que o mundo ia se acabar em água, feito aquela história do dilúvio. Devia ser por isso que Cândida não tinha aparecido no povoado para botar carta no posto do correio."
10- O livro no qual se encontra o texto, a que a autora se refere, é a Bíblia; o texto bíblico narra o dilúvio que devastou o mundo por obra de Deus, cansado dos pecados humanos.
11- Zé das Redes é compadre de Juca e vai à casa dele a pedido de seu filho Mathias, apaixonado por Cândida, para saber por que o pai da moça andava tão triste. Descobriu que Cândida fugira para a capital para morar com a prima.
12- O texto não diz quando exatamente isso acontece: "...numa manhã de um dia qualquer, embarcou,...". Ele foi para a capital, atrás de Cândida, o seu amor, com a esperança de trazê-la de volta.
13- "O lugar era grande demais! Iluminado demais. Tinha até um sujeito grandalhão na entrada!". Era muito conhecido por tratar-se de um prostíbulo.
14- Cândida era uma prostituta. Ele se dá conta disso quando entra em um um salão pouco iluminado, onde há dois casais dançando agarradinhos e, ali, vê a moça sentada junto ao balcão com um copo de bebida na mão, vestindo uma roupa que pouco lhe cobria o corpo e um velhote se aproxima, enlaça sua cintura e puxa-a para dançar.
15- Porque entendeu no que Cândida havia se transformado, que a moça da vila já não existia.
16- Resposta pessoal
OBRIGADO...
ResponderExcluirOBRIGADO.... AMEI...AMEI...AMEI...
ResponderExcluirobrigado ammmeeeiiiiiiiiiii
ResponderExcluirAlguem sabe as resposta da questao 3 se souber manda pra mim pfv 😘😘
ResponderExcluirAlguem sabe as resposta da questao 3 se souber manda pra mim pfv 😘😘
ResponderExcluirResposta texto Catarina pé vento lugar cinzento
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluirObrigada me ajudou muito ameiiiii
ResponderExcluir;-;obgdo muito obgdo
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