quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ano Novo, Vida nova!



Todo mundo sempre costuma repetir:
"Ano-novo, vida nova".
Mas até que ponto sabemos realmente medir o peso desta afirmação e a colocamos em prática?

Se no ano que passou,

você não conseguiu atingir suas metas,
concretizar sonhos, acumulou mágoas
e não superou desafios inesperados,
agora é a hora de abrir as janelas da mente e do coração para o futuro. É importante captar mensagens externas e não esquecer de olhar para dentro de si porque o caminho para uma vida nova passa, impreterivelmente, por nosso universo interior.

A mutação de seu momento atual, enfim, depende exclusivamente de você. Depende do seu trabalho mental, em acreditar e realizar. Nada, nem ninguém poderá fazer isso por você.

A ajuda pode, sim, vir de fora, mas o impulso deve partir de você. Independentemente de sua situação atual.

Em primeiro lugar, questione com honestidade:

"Eu realmente quero mudar minha vida?"

Se a sua resposta for afirmativa, então é hora de mexer-se porque o ano-novo está aí.

Para que isto dê realmente certo, é necessário, antes de tudo, se permitir mudar. O próximo passo é derrubar aquelas barreiras internas tão prejudiciais, como o preconceito consigo próprio, o medo, a inveja e o rancor.
E, não esqueça, o mundo ao seu redor apenas reflete o que você é.
Feliz Ano Novo!!!

Para o ano de 2012

  Aos meus queridos alunos e amigos eu digo que..............

É preciso viver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar.

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos, de motivos.

O importante é viver cada momento e aprender sua duração,
pois a vida está nos olhos de quem sabe ver...

Desejo que no ano que vem, você...


Realize todos os seus sonhos;

Descubra a cada dia coisas novas para realizar esses sonhos...

Sonhos de Ano Novo


Não tenha medo de viver o momento em que eles acontecerem;

E, nesses momentos, descubra novos sonhos.

Feliz Ano Novo!


É muito bom poder fazer parte de sua vida em um momento tão importante!

FELIZ NATAL


FELIZ NATAL
Pra vocês, Amigos,
Que fizeram do sol seu guia,
De cada manhã um lindo dia
De cada noite uma canção!

FELIZ NATAL

Pra vocês, que fizeram da Estrela D`alva
Seus caminhos:
Deram comida aos passarinhos
E repartiram com o homem seu pão!

FELIZ NATAL

Pra vocês, que tiveram um gesto amigo:
Um papo, um alento e deram abrigo
E estenderam suas mãos!

FELIZ NATAL

Pra vocês, que fizeram da dor a esperança;
Que fizeram sorrir uma criança
E que amaram de coração!

FELIZ NATAL

Pra vocês, que viveram a pobreza a fundo
Nas manjedouras do mundo
E não deixaram o tempo ir em vão!

FELIZ NATAL

Pra vocês, que são amigos, e pra vocês,
que ao inimigo presentearam com
Seu perdão!

FELIZ NATAL

Pra vocês, Amigos que sentem!
Pra vocês, Amigos que são Gente!

Milagre de Natal


Quero neste Natal Desejar não somente que tenha muitas felicidades neste dia
Mas sim que Milagres te dominam, E te faça perceber que Natal Não está somente na virada do dia 24 de Dezembro para o dia 25, Mas está em todos os dias do ano.
Nesta virada está apenas a concretização de todos os desejos Feitos durante todo o ano que se passou. A noite de Natal é fantástica, a cidade fica toda iluminada, as pessoas sorridentes,
E em instante tudo ficam em paz...
O Milagre do Natal Está no nascimento de nosso salvador Jesus Cristo,
Ele com toda certeza não deseja um único instante de paz,Mas deseja que todos tenham um milagre dentro de si. O céu se ilumina, Em homenagem a este dia tão sagrado entre todas as famílias.Os pedidos são de


prosperidade, paz e amor...Mas se Natal é todos os dias do ano,por que então deixar para desejar felicidades Somente em um único dia destes 365???
O Milagre de Natal está no sorriso que no dia-a-dia Encontramos nas pessoas andando nas ruas, Nas crianças brincando,Enfim
O Milagre Natalino está no desejo de cada um de ser feliz.
Pois Milagres existem sim,principalmente com tamanha benção de Deus,Muitas Glórias, Conquistas e Emoções podem ser desejadas Pois o Natal do dia 25 está chegando,
Faça seus desejos e acredite em todos eles,Pois estão prestes a se concretizar nesta noite especial...
FELIZ NATAL!!!
E MUITA PROSPERIDADE NESTE DIA
E EM TODOS OS DIAS DO ANO
QUE ESTÁ PRESTES A NASCER!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ANTIGAMENTE


ANTIGAMENTE
1.          Antigamente as moças chamavam-se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
2.          As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entremente, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passava a manta e azulava, dando às de Vila-Diogo.
3.          Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água.
4.          Havia os que tomavam chá em criança e, ao visitarem uma família da maior consideração, sabiam cuspir na escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, o portador garantia-lhes: “Farei presente”. Outros, ao cruzarem com um sacerdote, tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”; ao que o cumprimentado respondia: “Para sempre seja louvado”. E os eruditos, se alguém espirrava – sinal de defluxo – eram impelidos a exortar: Dominus tecum.
5.          Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. É verdade que às vezes os meninos eram encapetados, e chegavam a pitar escondido atrás da igreja. As meninas não: verdadeiros cromos, umas teteias.
6.          Antigamente, certos tipos faziam negócios e ficavam a ver navios; outros eram pegados com a boca na botija, contavam tudo tintim-por-tintim e iam comer o pão que o diabo amassou, lá onde Judas perdeu as botas.
7.          Uns raros amarravam cachorros com linguiça. E alguns ouviam cantar o galo, mas não sabiam onde. As famílias faziam sortimento na venda, tinham conta no carniceiro e arrematavam qualquer quitanda que passasse à porta, desde que o moleque do tabuleiro, quase sempre um “cabrito”, não tivesse catinga. Acolhiam com satisfação a visita do cometa, que, andando por ceca e meca, traziam as novidades “de baixo”, ou seja, do Rio de Janeiro. Ele vinha dar uma prosa e deixar presente ao dono da casa um canivete roscofe. As donzelas punham carmim e chegavam à sacada para vê-lo apear do macho faceiro. Infelizmente, alguns eram mais que velhacos: eram grandessíssimos tratantes.
8.          Acontecia o indivíduo apanhar uma constipação; ficando perrengue, mandava um próprio chamar o doutor e, depois, ia à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtysica.
9.          Antigamente os sobrados tinham assombrações; os meninos, lombrigas; asthma, os gatos; os homens portavam ceroulas, botinas e capa de goma; a casimira tinha de ser superior e mesmo X.P.T.O. London; não havia fotógrafos, mas retratistas e os cristãos não morriam: descansavam.
10.          Mas tudo isso era antigamente, isto é, outrora.
(Carlos Drummond de Andrade, Quadrante 1. 4ª Edição, Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1966)

COVARDIA




Covardia

Num domingo, passeavam dois amigos numa floresta, quando apareceu um urso feroz e se jogou sobre eles.
Um deles trepou em uma árvore e escondeu-se, enquanto o outro ficava no caminho. Deixando-se cair ao solo, fingiu-se morto.
O urso aproximou-se e cheirou o homem, mas como este prendia a respiração, julgou-o morto e afastou-se.
Quando a fera estava longe, o outro desceu da árvore e perguntou, a gracejar, ao companheiro.
― Que te disse o urso ao ouvido?
― Disse-me que aquele que abandona o seu amigo no perigo é um covarde!

(Malba Tanan. Lendas do céu e da terra. 13 ed.
Rio de Janeiro, Conquista. 1958)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011




O FILHO
Um homem muito rico e seu filho tinham grande paixão pela arte.
Tinham de tudo em sua coleção, desde Picasso até Rafael.
Muito unidos, se sentavam juntos para admirar as grandes obras de arte.
Por uma desgraça do destino, seu filho foi para guerra.
Foi muito valente, e morreu na batalha, quando resgatava outro soldado.
O pai recebeu a notícia e sofreu profundamente a morte de seu único filho.
Um mês mais tarde, justo antes do Natal, alguém bateu na porta...
Um jovem com uma grande tela em suas mãos disse ao pai:
"Senhor você não me conhece, mas eu sou o soldado por quem seu filho deu a vida, ele salvou muitas vidas nesse dia, e estava me levando a um lugar seguro quando uma bala lhe atravessou o peito, morrendo assim, instantaneamente. Ele falava muito do senhor e de seu amor pela arte".
E o rapaz estendeu os braços para entregar a tela:
"Eu sei que não é muito, e eu também não sou um grande artista, mas sei também que seu filho gostaria que você recebesse isto".
O pai abriu a tela. Era um retrato de seu filho, pintado pelo jovem soldado.
Ele olhou com profunda admiração a maneira em que o soldado havia capturado a personalidade de seu filho na pintura.
O pai estava tão atraído pela expressão dos olhos de seu filho, que seus próprios olhos se encheram de lágrimas.
Ele agradeceu ao jovem soldado, e ofereceu pagar-lhe pela pintura.
"Não, senhor, eu nunca poderia pagar-lhe o que seu filho fez por mim. Essa pintura é um presente".
O pai colocou a tela a frente de suas grandes obras de arte, cada vez que alguém visitava sua casa, ele mostrava o retrato do filho, antes de mostrar sua famosa galeria.
O homem morreu alguns meses mais tarde, e se anunciou um leilão de todas as suas obras de arte.
Muita gente importante e influente, com grandes expectativas de comprar verdadeiras obras de arte.
Em exposição estava o retrato do filho.
O leiloador bateu seu martelo para dar início ao leilão.
Começaremos o leilão com o retrato "O FILHO".
"Quem oferece por este quadro?" Um grande silêncio...
Então um grito do fundo da sala: "Queremos ver as pinturas famosas!!!", "Esqueça-se desta!!!!".
O leiloador insistiu... "Alguém oferece algo por essa pintura?? R$ 100? R$ 200?" Mais uma vez outra voz:
"Não viemos por esta pintura!, viemos por Van Goghs, Picasso,... Vamos as ofertas de verdade..."
Mesmo assim o leiloador continuou... "O FILHO!!! O FILHO!!! Quem leva o filho?"
Finalmente, uma voz : "Eu dou R$ 10 pela pintura", era o velho jardineiro da casa.
Sendo um homem muito pobre, e esse era o único dinheiro que podia oferecer. "Temos R$ 10! Quem dá R$ 20?" gritou o leiloador.
As pessoas já estavam irritadas, não queriam a pintura do filho, queriam as que realmente eram valiosas, para completarem sua coleção.
Então o leiloador bateu o martelo, "Dou-lhe uma, dou-lhe duas, vendida por R$ 10!!!"
"Agora vamos começar com a coleção!!!", gritou um.
O leiloador soltou seu martelo e disse:
"Sinto muito damas e cavalheiros, mas o leilão chegou ao seu final."
"Mas, e as pinturas?" disse os interessados.
"Eu sinto muito", disse o leiloeiro, "quando me chamaram para fazer o leilão, havia um segredo estipulado no testamento do dono. Não seria permitido revelar esse segredo até esse exato momento. Somente a pintura do filho seria leiloada; aquele que a comprasse, herdaria absolutamente todas as posses deste homem inclusive as famosas pinturas. O homem que comprou O FILHO fica com tudo!..."
Reflexão: Deus nos entregou seu filho, que morreu numa cruz a 2000 anos.
Assim, como o leiloador, a mensagem hoje é O FILHO, quem ama o filho tem tudo.
Compartilhe essa mensagem, com um amigo, alguém que goste muito.
Sua vida não é uma coincidência, é um reflexo de ti...


LIÇÃO DE VIDA

Era uma vez um menino chamado Zeca, que ao chegar da escola, entrou em casa batendo com força os pés no assoalho. Seu pai, que saía para o quintal a fim de  fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, aproximou-se do pai um tanto desconfiado. Porém, antes que seu pai dissesse alguma coisa, o menino falou irritado:
- Pai estou com muita raiva! O Juca não deveria ter feito aquilo comigo!
- Eu desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas portador de grande sabedoria, escutou
calmamente o filho, que continuava a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Eu não aceito  isso!
Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola por muitos dias.
O pai escutava calado o desabafo do filho enquanto caminhava até um abrigo onde  costumava guardar algumas coisa de uso doméstico. Apanhou um saco cheio de carvão e pediu ao menino que o acompanhasse até o fundo do quintal. O menino o seguiu sem entender bem o que estava acontecendo. O pai abriu o saco e, antes mesmo que Zeca pudesse fazer alguma pergunta, propôs algo:
- Filho, você está vendo aquela camisa branquinha estendida ali no varal para secar?"
- Sim, respondeu Zeca rapidamente.
- Pois bem, faz de conta que ela é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
- Quero que você jogue todo esse carvão naquela camisa, até o último pedaço,
como se fosse tiro ao alvo. Quando terminar, avise-me que eu volto para ver como ficou.
O menino achou a brincadeira divertida e pôs mãos à obra. Todavia, o varal com a camisa estava longe e, por esse motivo, poucos pedaços acertavam o alvo. Após mais ou menos uma hora, o garoto concluiu a tarefa e gritou por seu pai. O pai, aproximou-se devagar, olhou para a camisa e perguntou:
- E então, filho, como está se sentindo agora?
O filho respondeu prontamente:
- Estou cansado mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão no Juca, quero dizer, na camisa.
O pai olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela brincadeira, e lhe falou com carinho:
- Venha comigo até meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
Ambos se dirigiram ao quarto e o menino foi colocado na frente de um grande
espelho onde podia ver seu corpo por inteiro. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos. Então o pai lhe disse com ternura:
- Filho, você viu que a camisa quase não sujou, mas olhe para você... O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos maus pensamentos, a borra, os
resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mes    mos.
Zeca sorriu envergonhado e falou:
- Vou tomar um banho e depois... Lavar uma certa camisa.
PENSE...
Quando um pensamento infeliz sai da nossa mente, abre campo para ali se
instalarem as enfermidades. Ao contrário, quando nossos pensamentos são nobres,
é como se suave bálsamo penetrasse nossa alma, inundando-a de tranqüilidade e
paz.
(História da revista Allan Kardec nº 34 ano IX)

HISTÓRIA EMOCIONANTE
Quando eu era criança, bem novinho, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança. Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém. Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse.
"Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa. Minha primeira experiência pessoal com esse gênio-da-garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo. A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia. Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei: O telefone!
Rapidamente fui ate o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente a cômoda da sala. Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido. Alguém atendeu e eu disse: "Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido: "Informações."
"Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
"A sua mãe não esta em casa?", ela perguntou.
"Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
"Está sangrando?"
"Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou.
Eu respondi que sim.
"Então pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo. Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Filadélfia. Ela me ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas.
Então, um dia Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido. Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável. Eu perguntava: "Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"
Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente: "Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..."
De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.
No outro dia, lá estava eu de novo. "Informações.", disse a voz já tão familiar. "Você sabe como se escreve exceção?"
Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo. Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um molequinho.
Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora daquela minha cidade natal e pedi: "Uma informação, por favor." Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo: "Informações." Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando: "Você sabe como se escreve exceção?"
Houve uma longa pausa. Então, veio uma resposta suave: "Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul."
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse. "Você não imagina como era importante para mim naquele tempo."
"Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todo os dias que você ligasse."
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visita-lá quando fosse encontrar a minha irmã.
"É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a Sally." Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente respondeu:
"Informações." Eu pedi para chamar a Sally. "Você é amigo dela?", a voz perguntou.
"Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul."
"Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas."
Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?"
"Sim."
"A Sally deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse. Eu vou ler para você: A mensagem dizia: Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender."
Eu agradeci e desliguei. Eu entendi...

Desconhecido

quarta-feira, 7 de setembro de 2011



Cordel para Euclides da Cunha
GUSTAVO DOURADO
Euclides da Cunha, gênio
Escritor monumental...
Nordeste e Amazônia:
O Sertão é seu quintal...
Os Sertões é obra-prima:
Da cultura nacional...
Entusiasta do Brasil:
Pensamento social...
Jornalista e filósofo:
Verve temperamental...
Na veia a rebeldia:
Práxis consciencial...
Filho de Manoel e Eudóxia:
Nascido em Cantagalo...
Santa Rita do Rio Negro:
A vida veio abordá-lo...
Província do Rio de Janeiro:
Veio ao mundo num estalo...
Nasceu o grande escritor:
Na Fazenda da Saudade...
Foi um homem de ciência:
Lutou pela liberdade...
Sua vida foi difícil:
Sôfrega adversidade...
Manuel Rodrigues Pimenta da Cunha:
O seu pai era baiano...
Eudóxia Moreira, a mãe:
De Euclides, célebre arcano...
Brasilidade na alma:
De um criador soberano...
Manuel ficou viúvo:
Em momento de agrura...
Para cuidar da família:
Sem esquecer a ternura...
Euclides e Adélia filhos:
Sangue da literatura...
Ano 1866:
Dia 20 de janeiro...
Nasceu Euclides da Cunha:
Pensador e engenheiro...
Revelador do massacre:
Do povo do Conselheiro...
Eudóxia morreu jovem:
Vítima da tuberculose...
Era o "Mal do Século"
Nos idos do Dezenove:
Euclides de lá pra cá:
A sua vida nos comove...
Repórter ..Engenheiro:
Sociólogo...Historiador
Aos três anos perdeu a mãe:
Foi grande a sua dor...
As tias lhe educaram:
Dando a ele muito amor...
Ano 1871:
Rosinda a lhe cuidar...
Após a morte da mãe:
Contratempo, outro lar...
Nova Friburgo,Cantagalo:
Com o pai a viajar...
Conceição de Ponte Nova:
Residiu quando menino...
Em São Fidelis morou:
Ainda bem pequenino...
Teresópolis no caminho:
Sofrimento no destino...
Na Fazenda São Joaquim:
Passa a primeira infância...
No Cinturão do Café:
A vida boa sem ânsia...
Precisava estudar:
Pra fugir da ignorância...
Cidade de São Fidelis:
A educação formal...
Francisco José Caldeira:
Professor de Portugal...
Iniciou os estudos:
No ensino colegial...
Ano 1877:
Via Rio de Janeiro...
O pai em dificuldade:
A causa era o dinheiro...
Logo no ano seguinte:
Tomou outro paradeiro...
Segue rumo à boa terra:
À capital Salvador...
No Colégio da Bahia:
Um ensino inspirador:
Escola Carneiro Ribeiro:
Do afamado professor...
Euclides Rodrigues da Cunha:
Volta ao Rio de Janeiro...
Vai morar com o tio Antônio:
No coração brasileiro...
Na capital do Brasil:
Euclides foi timoneiro...
Euclides estuda no:
Colégio Anglo-Americano...
Vitório da Costa,Menezes Vieira:
Estudo em primeiro plano:
Depois no Colégio Aquino:
Em um ritmo bem insano...
Ano 1883:
Sua vida a trans.formar...
Aluno de Benjamin Constant:
Matemática a calcular...
Positivismo em voga:
Euclides a se formar...
Freqüentou boas escolas:
Vontade para estudar...
Ingressou na Politécnica
E na Escola Militar...
Republicano ardoroso:
Foi um às ao protestar...
Desafiou o Ministro da Guerra
Tomás Coelho, na monarquia...
Atirou a sua espada:
Em ato de rebeldia...
Um cadete corajoso:
Buscava a soberania...
Conselho de Disciplina do Exército:
Euclides foi afastado...
Propaganda republicana:
Foi um homem revoltado...
Em O Estado de S. Paulo:
Seu nome foi consagrado...
A República proclamada:
Ao Exército reintegrado...
Euclides foi promovido:
Era nome respeitado...
Na Escola Superior de Guerra:
Tenente bacharelado...
Bacharel em Matemáticas:
Ciências Físicas e Naturais...
Chegou a primeiro-tenente:
Sentimentos nacionais...
Casou-se com Ana Emília:
E padeceu muitos ais...
Ano 1891:
A Escola de Guerra deixou...
Na Escola Militar:
Adjunto, ensinou...
Influência positivista:
No coração prosperou...
Ano 1893:
Consciente se engenhou...
Estrada de Ferro Central do Brasil:
Sua arte praticou...
Foi um homem de ação:
Sempre se determinou...
Insurreição de Canudos:
Dois artigos escreveu...
Ano 1897:
Canudos não se rendeu...
Convite d'O Estado de S. Paulo:
Na luta se empreendeu...
Presenciou o conflito:
O seu lado desumano...
Covardia oficial:
O terror do desengano...
O massacre de um povo...
Foi um ato vil tirano...
Outros livros publicou:
À Margem da História...
Castro Alves e Seu Tempo:
Foi um discurso de glória...
Contrastes e Confrontos:
Não deu mão à palmatória...
Escreveu Um Paraíso Perdido:
Canudos(Diário de Uma Expedição)...
Os Sertões se sobressai:
É obra de elaboração...
Fez Peru Versus Bolívia:
E versos de conflagração...
Uma vida de conflitos:
Drama e dificuldade...
Euclides sobrevivia:
Ante a contrariedade...
Foi morto por Dilermando:
Que não teve piedade...
Levou um tiro nas costas:
Em bárbaro assassinato...
Morreu o pensador:
A história aqui desato...
Euclides merece glórias:
Pois é um herói de fato...
Euclides nos revelou:
O valente sertanejo...
Psicologia, costumes;
Em sua obra eu vejo:
Grão-mestre da literatura:
Não é mero relampejo...
Na Academia Brasileira de Letras:
Teve o nome consagrado...
Tornou-se uma legenda:
Merece ser cultuado:
Sua obra é respeitada:
Está no nível de Machado...
Defensor da Natureza:
Precursor da Ecologia...
Criativo, luminoso:
Era ás no que fazia...
Destaque entre os melhores:
Foi crítico da tirania...
Pesquisador, cientista:
Poeta de qualidade...
Foi-se o homem, fica a obra:
Buscador da liberdade...
Exemplo para o Brasil:
Herói da nacionalidade...
Homenagem de Gustavo Dourado a Euclides da Cunha...
No centenário de morte do mestre de Os Sertões...
Euclides é um dos herós de nossa nacionalidade tupiniquim.
Foi precursor da ecologia e grande amante da natureza.