Vivia em uma pequena cidade
do interior, um homem sisudo que não tinha amigos e com uma característica
terrível: NÃO GOSTAVA DE ANIMAIS. Sua mulher Ana, vivia sempre triste, porque o
comportamento de seu marido tirava toda possibilidade de fazer amizades.
Certo dia apareceu em sua
casa, um lindo gatinho preto. Ana não hesitou em tratar do gatinho: deu banho,
comida e muito amor.
Na hora do almoço quando seu
esposo João chegou, sentiu cheiro de animal em sua casa e ficou bravo com sua
esposa que negou a existência do bichinho.
No dia seguinte João perdeu o
emprego e veio chutando tudo o que encontrava no caminho e como chegou fora do
horário deu de cara com o gatinho que dormia confortavelmente em uma poltrona
macia. Ficou irado, xingou, gritou, esperneou e correu atrás do gato e esposa.
Passados três dias a
vizinhança notou que não havia movimentação na casa e João falou a todos que
sua esposa tinha ido para o interior encontrar-se com sua família.
A polícia, a pedido da família
de Ana e vizinhos, invadiu a casa e vasculhou todos os cômodos e nada
encontrou. Passou mais uma semana e retornaram a pedido das mesmas pessoas e
invadiram o sótão que da última vez não verificaram.
Após olharem minuciosamente
todos os detalhes daquele sótão, verificaram que havia uma parede de cimento
fresco. Indagaram o que tinha acontecido e João disse aos policiais que estava
reformando sua casa a partir daquele lugar.
Mas tudo o que se faz aqui
nesta terra, um dia é descoberto, o policial bateu na parede de cimento fresco
dizendo da boa estrutura de sua casa.Com a pancada, o cimento fresco cedeu e
caiu, mostrando o rabo de um gato. Imediatamente os policiais apressaram em
tirar todo o reboco e descobriram atônitos que Ana, esposa de João e o gato preto,
agora com os olhos furados, foram enterrados vivos.
João foi preso e o mistério
descoberto.
CONTO DE : Edgar Alan Poe
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