Peregrina, a peregrina
Andava a peregrinar
Em cata de um cavaleiro
Que lhe fugiu, mal pesar!
A um castelo torreado
Pela tarde foi parar:
Sinais certos, que trazia
Do castelo, foi achar.
- «Mora aqui o cavaleiro?
Aqui deve de morar.»
Respondera-lhe uma dona
Discreta no seu falar:
- «O cavaleiro está fora,
Mas não deve de tardar.
Se tem pressa a peregrina,
Já lho mandarei chamar.»
Palavras não eram ditas,
O cavaleiro a chegar:
- «Que fazeis porqui, senhora,
Quem vos trouxe a este lugar?»
- «O amor de um cavaleiro
Por aqui me faz andar.
Prometeu de voltar cedo,
Nunca mais o vi tornar.
Deixei meu pai, minha casa,
Corri por terra e por mar
Em busca do cavaleiro,
Sem nunca o poder achar.»
- «Negro fadairo, senhora,
Que tarde vos fez chegar!
Eu de vosso pai fugia
Que me queria matar;
Corri terras, passei mares,
A este castelo vim dar.
Antes que fosse ano e dia
(Vós me fizestes jurar)
Com outra dama ou donzela
Não me havia desposar.
Ano e dia eram passados
Sem de vós ouvir falar,
Co’a dona desse castelo
Eu ontem me fui casar...»
Palavras não eram ditas,
A peregrina a expirar.
- «Ai penas de minha vida,
Ai vida de meu penar!
Que farei desta lindeza
Que em meus braços vem finar?»
Do alto de sua torre
A dama estava a raivar:
- «Leva-la daí, cavaleiro,
E que a deitem ao mar.»
- «Tal não farei eu, senhora,
Que ela é de sangue real...
E amou com tanto extremo
A quem lhe foi desleal.
Oh! quem não se sabe ser firme,
Melhor fora não amar.»
Palavras não eram ditas
O cavaleiro a expirar.
Manda a dona do castelo
Que os vão logo enterrar
Em duas covas bem fundas
Ali junto à beira-mar.
Na campa do cavaleiro
Nasce um triste pinheiral;
E na campa da princesa
Um saudoso canavial.
Manda a dona do castelo
Todas as canas cortar;
Mas as canas das raízes
Tornavam a rebentar:
E à noite a castelhana
As ouvia suspirar.
Andava a peregrinar
Em cata de um cavaleiro
Que lhe fugiu, mal pesar!
A um castelo torreado
Pela tarde foi parar:
Sinais certos, que trazia
Do castelo, foi achar.
- «Mora aqui o cavaleiro?
Aqui deve de morar.»
Respondera-lhe uma dona
Discreta no seu falar:
- «O cavaleiro está fora,
Mas não deve de tardar.
Se tem pressa a peregrina,
Já lho mandarei chamar.»
Palavras não eram ditas,
O cavaleiro a chegar:
- «Que fazeis porqui, senhora,
Quem vos trouxe a este lugar?»
- «O amor de um cavaleiro
Por aqui me faz andar.
Prometeu de voltar cedo,
Nunca mais o vi tornar.
Deixei meu pai, minha casa,
Corri por terra e por mar
Em busca do cavaleiro,
Sem nunca o poder achar.»
- «Negro fadairo, senhora,
Que tarde vos fez chegar!
Eu de vosso pai fugia
Que me queria matar;
Corri terras, passei mares,
A este castelo vim dar.
Antes que fosse ano e dia
(Vós me fizestes jurar)
Com outra dama ou donzela
Não me havia desposar.
Ano e dia eram passados
Sem de vós ouvir falar,
Co’a dona desse castelo
Eu ontem me fui casar...»
Palavras não eram ditas,
A peregrina a expirar.
- «Ai penas de minha vida,
Ai vida de meu penar!
Que farei desta lindeza
Que em meus braços vem finar?»
Do alto de sua torre
A dama estava a raivar:
- «Leva-la daí, cavaleiro,
E que a deitem ao mar.»
- «Tal não farei eu, senhora,
Que ela é de sangue real...
E amou com tanto extremo
A quem lhe foi desleal.
Oh! quem não se sabe ser firme,
Melhor fora não amar.»
Palavras não eram ditas
O cavaleiro a expirar.
Manda a dona do castelo
Que os vão logo enterrar
Em duas covas bem fundas
Ali junto à beira-mar.
Na campa do cavaleiro
Nasce um triste pinheiral;
E na campa da princesa
Um saudoso canavial.
Manda a dona do castelo
Todas as canas cortar;
Mas as canas das raízes
Tornavam a rebentar:
E à noite a castelhana
As ouvia suspirar.
Romanceiro, Almeida
Garrett
Eu achei esse texto interessante para ler que fala de Peregrina que corre atras de um cavalheiro e ela foge da família pai e mãe e vai atras do cavalheiro e vai por terra oceanos para encontras o cavalheiro que um dia foi e nunca mais voltou o cavalheiro Negro ela peregrina procurava.
ResponderExcluirFabrício 8º Ano Bº
eu entedi que a peregrina queria um cavaleiro para ela mais o cavaleiro pulou fora da peregrina ALUNA: adriele 7 ANO C
ResponderExcluirEu achei esse texto interesante por que ele fala de umqa peregrina que fuigiu da casa dos pais atraz do seu amor,O cavaleiro negro
ExcluirAluno:Kauê braga
7ªB
Bom!!Olha a ortografia!Adriele-7ºC
ExcluirBom!!Olha a ortografia! Kauê - 7ºB
Eu entendi que a peregrina fugiu de casa para ir atras do cavaleiro que um dia foi e nunca mais voltou.passou por terra e por mar para ir atras de seu grande amor,por perigo passou para achar o cavaleiro que foi e nunca mais voltou.
ResponderExcluirEle mostra que quando a gente se apaixona não liga se vai correr perigo,o importante é,que nos estejamos perto da pessoa que voce mais ama.
Quando a gente ama devemos correr atras da pessoa desejada,por que não importa o perigo que nos vamos passar o importante e que nos vamos ir atras da pessoa que nos mas amamos.
Aluna:Angelica Almeida Ambrozio
Serie:7 ano ‘B’
É um belo poema que se trata de uma peregrina em busca de seu amor,o cavaleiro negro que foi embora e não mais voutou,e a moça desesperada a procura-lo,enfrenta muitos perigos,cruza mares e terras.Ela o acha em um castelo onde a rainha era muito malvada eo pedio para ele jogar a moça nomar,mas ele recusa,então a rainha manda matar os dois e enterra-los um ao lado do outro.
ResponderExcluirna cova do cavaleiro nasce um triste pinheiral e na cova da peregrina um saudoso canavial.
Bruno Posse Coutinho (8°ANO B)
Pelegrino é um viajante que viaja o dia inteiro
ResponderExcluirnos també tem que partir um dia enquanto não
acontece temos que aproveitar a vida
Aluna daiany 7 ano b
eu achei esse texto muito romantico
ResponderExcluirconta a historia de uma princesa em busca do seu grande amor. fugiu da casa de seus pais em busca do cavalheiro,viveram juntos e morreram/*-/junto.aluna:Debora Rodrigues Braz.serie;7º B
esse texto nos fala de um relato de uma peregrina que fugiu da casa de seu pais para encontrar o seu verdadeiro amor. na minha familia ja aconteceu isso agora eles vivem bem e hoje eu ja tenho uma subrinha.
Excluirvoltando ao poema esse fato de uma jovem sair da casa de seus pai no nosso pais algumas pessoas falm que isso e normal.
aluna Debora r. braz serie7ano b
Bom!!Olha a ortografia!Debora- 7ºB
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